Um dos mais terríveis sentimentos experimentados pelo ser humano é o de rejeição. Todos, em algum momento de nossas vidas o vivenciamos em algum grau. Consiste em sentir-se não querido, não amado, não aceito, preterido, discriminado, humilhado. Provoca sensação de abandono e de depreciação A rejeição pode ser real ou imaginária. A rejeição imaginária pode ser tão dolorosa que a rejeição real. Ocorre nos relacionamentos amorosos, na vida social, familiar ou no trabalho.
Algumas pessoas são mais sensíveis a esse sentimento. Muitas vezes basta um estímulo pouco significativo para sensibilizar uma personalidade já predisposta, que o interpreta como uma rejeição de fato. Habitualmente são pessoas com baixa autoestima ou que sofreram em situações anteriores. São afetivamente carentes e apresentam maior vulnerabilidade, já que desejam amor e aceitação a qualquer preço. Uma critica pode significar humilhação e um pedido imposição.
Nas relações amorosas a sensação de rejeição pode precipitar sérias consequências. Ao iniciar um relacionamento o medo da rejeição é normal. Na medida em que a relação progride essa insegurança diminui. Porém, em pessoas predispostas, ocorre o inverso. O medo da rejeição leva à necessidade insaciável de segurança e tem o mesmo efeito da rejeição real. Como consequência, seu comportamento se molda de modo a gerar raiva em seu parceiro. A todo o momento tem de ser ressegurado do afeto do outro. Um detalhe, um tom de voz, uma resposta que ache evasiva, mobiliza o sentido de perda e abandono. Quando não está junto, sente dúvidas sobre os sentimentos do outro. A insegurança reforça o sentimento de rejeição e o sentimento de rejeição reforça a insegurança. Parece emitir a mensagem “faça o que quiser, mas não me abandone”, num constante estado de alerta a qualquer nuance que lhe soe rejeição. Finalmente a profecia se autorrealiza. O relacionamento termina. A obsessiva solicitação, a desconfiança, o ciúme, acabam sufocando o parceiro que põe fim à situação.
Para qualquer um, o término de um relacionamento é desagradável. Pessoas emocionalmente maduras lamentam a perda, mas tocam suas vidas. Pessoas imaturas, com baixa auto-estima, resistem à perda, reagem a ela como se perdessem a si mesmas e não ao outro. O amor próprio, já precário é ferido e agora ela “quer porque quer” a volta do ser amado. Afinal, ela (e) é sua tábua de salvação, o “grande amor de sua vida!”.
A sensação crônica de rejeição leva à ansiedade, raiva, depressão, ao ciúme patológico e a pessoa pode procurar o lenitivo no álcool, droga ou comida. Em casos extremos pode levar ao suicídio ou homicídio.
Diferentemente do que pensam essas pessoas, a cura não é “encontrar um grande amor de suas vidas”. Só isso seria procurar mais motivos para se sentirem rejeitadas. Mas, encontrar a si mesmas, num trabalho de resgate da autoestima que possibilitasse amar a si mesma para poder amar e ser amada pelo outro.
Fonte: http://www.tommaso.psc.br/site/artigos/?id_artigo=64
Gostei ! este Artigo é bastante revelador!por experiencia própria, quem tem as caracteristicas aqui citadas, precisa no mínimo buscar ajuda profissional; este é o primeiro passo rumo a vida saudável.Não há relacionamento que resista quando um dos parceiros é portador deste adoecimento, por que a vitimização permanente, rumina e põe fim em qualquer relacionamento.Quem é portador deste adoecimento sofre duas vezes: primeiro por que "ninguém consegue compreender sua dor e carência de ser amado" e segundo a maioria acha que o problema é o outro, é o parceiro, que é egoísta, é o parceiro que não o ama o suficiente... é sempre o outro!a vida é feita de escolhas: se vc tem consciência do seu adoecimento, precisa tomar a decisão de buscar a cura!!!!!! senão vai morrer em vida, por que todo e qualquer relacionamento saudável precisa de duas pessoas INTEIRAS!!!!
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