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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dialetos Variados

Palavras de Afirmação são uma das cinco linguagens básicas do amor. Dentro desse idioma, no entanto, há vários dialetos. Já falamos sobre alguns, mas ainda há muitos outros. Diversos livros e artigos já foram escritos sobre esse tema. Todos eles têm em comum o uso de palavras que afirmam o cônjuge. O psicólogo William James diz que, possivelmente, a mais profunda necessidade humana é a de ser apreciado(a). Palavras de Afirmação poderão suprir essa necessidade em muitas pessoas.
Se você não é um homem, ou mulher que gosta de expressar palavras amorosas; se essa não é sua primeira linguagem mas acha que é a de seu cônjuge, sugiro que adquira uma caderneta e chame-a de “Palavras de Afirmação”. Quando você ler um artigo ou um livro romântico, escreva ali algumas palavras de afirmação que tenha gostado. Quando assistir a alguma palestra sobre amor, ou ouvir algum amigo dizer alguma coisa positiva sobre outra pessoa, anote.
Com o tempo você terá colecionado uma lista de palavras para serem usadas ao transmitir amor a seu cônjuge.
Outra coisa que se deve fazer é pronunciar palavras de afirmação de forma indireta, ou seja, dizer algo positivo sobre seu cônjuge, mesmo na ausência dele. Eventualmente, alguém
transmitirá a ele(ela) o que você disse; e assim ganhará os bônus do amor. Diga a sua sogra que a filha dela é sensacional. Possivelmente, quando ela contar isso a sua esposa, com certeza aumentará alguma coisa e você acabará ganhando mais crédito. Também elogie seu
cônjuge na frente dos outros quando ele, ou ela, estiver presente. E quando você for o alvo do elogio, certifique-se de repartir o crédito com seu cônjuge.
Há muitas outras formas de se dizer palavras de afirmação, entre elas, escrevê-las. Frases escritas têm a vantagem de serem lidas várias vezes.
Aprendi uma lição muito importante sobre palavras de afirmação e linguagens do amor em Little Rock, Arkansas. Minha visita a Bill e Betty Jo ocorreu em um belo dia da primavera. Eles moravam em um condomínio fechado, em uma casa com uma gradinha na frente, um gramado bem verde no jardim e canteiros de viçosas flores. Era uma visão idílica. Ao entrar, porém, percebi que o clima interior era bem diferente. O casamento deles desmoronara.
Após vinte anos de matrimônio e possuidores de duas lindas crianças, perguntavam-se, primeiramente, por que haviam se casado.
Discordavam de tudo. A única coisa com que concordavam é que ambos amavam os filhos. Ao desenrolar sua história, percebi que Bill era muito dedicado ao seu trabalho e muito pouco tempo oferecia a Betty Jo, sua esposa, a qual trabalhava meio período, possivelmente
para não permanecer dentro de casa. A forma de convivência entre os dois era a de evitarem estar juntos. Tentavam ficar longe um do outro para que seus conflitos não assumissem proporções maiores. O ponteiro do mostrador do “tanque de amor” de cada um deles apontava para o termo “vazio”.
Disseram que já tinham procurado aconselhamento; porém, em nada adiantara. Eles assistiriam ao meu seminário sobre casamento e eu partiria no dia seguinte. Aquele, portanto, seria meu único encontro com Bill e Betty. Resolvi, então, “colocar todos os ovos em uma cesta só”.
Gastei uma hora em particular com cada um. Ouvi atentamente as versões de suas histórias. Percebi que, apesar do vazio existente no relacionamento deles e do desacordo reinante naquela convivência, havia certas coisas que apreciavam um no outro. Bob disse-me:
“Ela é uma boa mãe, uma excelente dona de casa e uma exímia cozinheira... quando resolve cozinhar. Porém, não demonstra a menor afeição por mim. Trabalho feito um louco e simplesmente não há por parte dela o menor reconhecimento”.
Em minha conversa com Betty ela concordou que Bill era um excelente provedor. Ela, no entanto, reclamou: “Ele não move uma palha para me ajudar em casa e nunca tem tempo para mim. O que adianta ter esta casa, o carro novo e todas as outras coisas se não podemos curti-los juntos?”
Obtive mais informações e então decidi focalizar meu aconselhamento em dar a mesma sugestão para cada um. Disse a Bob e a Betty Jo separadamente que eles possuíam a chave para mudar o
clima emocional do casamento. Eu lhes afirmei:
“Essa chave é expressar a apreciação pelas coisas que gosta nele (nela) e, no momento, suspender as reclamações sobre o que não se agrada.”
Repassei com eles os comentários positivos que fizeram um do outro e ajudei-os a fazer uma lista desses traços positivos. A relação de Bill focalizava as atividades de Betty Jo como boa mãe, excelente dona de casa e exímia cozinheira. A lista de Betty Jo registrava a
dedicação de Bill ao trabalho e sua provisão financeira à família. As relações foram feitas da forma mais detalhada possível. A lista de Betty Jo ficou assim:
• Ele não faltou um dia de trabalho em vinte anos. É um trabalhador dinâmico.
• Ele recebeu várias promoções nesses anos todos. E sempre deseja aumentar sua produtividade.
• Ele paga as prestações da casa mensalmente.
• Ele paga as contas de água, gás e luz em dia.
• Ele nos comprou um carro novo há três anos.
• Ele corta a grama, ou arruma alguém para fazê-lo, semanalmente, durante a primavera e o verão.
• Ele varre as folhas ou contrata alguém para fazê-lo durante o outono.
• Ele providencia bastante dinheiro para alimentação e roupas da família.
• Ele leva o lixo para fora nos dias de sua coleta.
• Ele me dá dinheiro para comprar presentes de Natal para toda a família.
• Ele concorda que eu gaste o dinheiro que recebo em meu emprego, da forma que eu desejar.
A lista de Bill ficou assim:
• Ela arruma as camas todos os dias.
• Ela passa o aspirador na casa uma vez por semana.
• Ela leva diariamente as crianças para a escola, depois de dar-lhes um bom café da manhã.
• Ela faz janta três vezes por semana.
• Ela realiza as compras no supermercado. Ajuda as crianças a fazer seus deveres de casa.
• Ela leva e traz as crianças quando há atividades na escola e na igreja.
• Ela leciona para crianças pequenas na Escola Dominical.
• Ela leva minhas roupas ao tintureiro.
• Ela lava as roupas e passa quando é preciso.
Sugeri que acrescentassem a essas listas coisas que percebessem nas semanas seguintes. Solicitei também que duas vezes por semana selecionassem alguma atitude positiva do outro e
elogiassem. Dei-lhes ainda uma recomendação que se Bill a elogiasse, ela não lhe respondesse com outro elogio, mas deveria simplesmente recebê-lo e dizer:
“Muito obrigada por suas palavras.”
Disse a mesma coisa a Bill. Encorajei-os a proceder dessa maneira durante dois meses e, se achassem que funcionava, deveriam então continuar. Se, no entanto, a experiência não ajudasse a melhorar o clima emocional do casamento, eles deveriam simplesmente encarar tudo aquilo como outra tentativa que não dera certo.
No dia seguinte peguei o avião e voltei para casa. Anotei em minha agenda para dois meses depois ligar a Bill e Betty, a fim de saber o que acontecera. Quando lhes telefonei, já em pleno verão, pedi para falar particularmente com cada um. Fiquei impressionado ao notar que Bill dera um grande passo à frente. Ele percebeu que eu concedera o mesmo conselho à sua esposa, mas encarara tudo de forma positiva. Para falar a verdade, ele achou ótimo! Ela expressava apreciação pelo seu trabalho duro e pela provisão que dava à família.
Ele disse: “Ela realmente conseguiu fazer com que eu me sentisse um homem novamente. Ainda temos muito trabalho pela frente, Dr. Chapman, mas acredito francamente que estamos no caminho certo.”
Quando conversei com Betty Jo, no entanto, achei que ela dera um passo muito pequeno. Ela me falou: “Alguma coisa melhorou, Dr. Chapman. Bill elogia-me, como o senhor sugeriu, e acredito que haja sinceridade nisso. Mas ele ainda não gasta nenhum minuto comigo. Trabalha o tempo todo e não tem uma hora para mim.”
Enquanto eu ouvia Betty Jo, as “luzes” acenderam. Sabia que fizera uma grande descoberta. A linguagem do amor de uma pessoa não é necessariamente a mesma da outra. Era óbvio que a primeira linguagem do amor de Bill era “Palavras de Afirmação”. Ele era um trabalhador dedicado e apreciava seu emprego. O que ele mais queria de sua esposa era que ela expressasse admiração por isso. Aquele padrão foi provavelmente estabelecido em sua infância, e a necessidade de receber elogios ainda era premente em sua vida adulta.
Betty Jo, por sua vez, possuía uma carência emocional em outra área. Era-lhe agradável receber elogios, mas ansiava por algo mais, exatamente a segunda linguagem do amor.

Fonte: As Cinco Linguagens do Amor

domingo, 30 de janeiro de 2011

Palavras Humildes

O amor faz solicitações, não imposições. Quando dou ordens a meu cônjuge, torno-me pai (mãe) e ele (ela) filho (a). O pai diz ao filho de três anos o que ele deve fazer, ou melhor, o que ele precisa realizar. Isso é necessário porque uma criança nesta idade ainda não sabe como navegar nas traiçoeiras águas da vida. No casamento, no entanto, somos iguais, parceiros adultos. Não somos perfeitos, mas adultos e parceiros. Se vamos desenvolver um relacionamento íntimo, precisamos conhecer os desejos um do outro. Se queremos amar um ao outro, precisamos saber o que ele (ela) pretende.
No entanto, a forma como expressamos esses desejos é muito importante. Se os colocamos como ordens, eliminamos as possibilidades da intimidade e afugentamos nosso cônjuge. Se, no entanto, expressarmos nossas necessidades e desejos como pedidos, apontaremos um caminho, mas não empurraremos ninguém para ele.
O marido que diz: “Querida, sabe aquela torta de maçã deliciosa que você faz? Será que poderia preparar uma esta semana? Eu amo aquela sobremesa!”, concederá uma dica de como ela pode expressar-lhe amor e, dessa forma, ambos crescerão em intimidade.
Por outro lado, o esposo que diz: “Desde que nosso filho nasceu, você nunca mais fez aquela torta de maçã. Pelo jeito, vou ficar sem comê-la por mais uns 18 anos”, deixou de ser adulto e tornou a comportar-se como um adolescente. Tais reclamações não constroem a intimidade.
A esposa que diz: “Será que você poderia limpar a calha este final de semana?”, expressa amor ao fazer uma pergunta, um pedido.
Porém, a que diz: “Se você não der um jeito de limpar logo essa calha, ela vai acabar despencando do telhado. Já existem brotos de árvore nela e espalham-se por todos os lados!”, não demonstra amor, mas sim torna-se uma mulher dominadora.
Quando alguém faz um pedido a seu cônjuge, afirma as habilidades dele. Faz entender que ele (ela) possui, ou pode fazer algo, que é significativo ou valioso para o outro. No entanto, quando dá ordens, torna-se um tirano. Seu cônjuge não se sentirá afirmado, mas diminuído. O pedido implica no elemento escolha. Seu parceiro pode atender ou não o seu pedido, porque o amor é sempre uma decisão. É isso que o torna significativo. Saber que meu cônjuge ama-me a ponto de atender meu pedido comunica emocionalmente que ele (ela) se importa comigo, respeita-me, admira e deseja fazer algo que me agrade. Não há como desenvolver o amor emocional através de intimações. Meu cônjuge talvez obedeça às minhas ordens, mas isso não será uma expressão de seu amor. Será uma forma de medo, culpa ou de alguma outra emoção, mas jamais de amor. Então, um pedido cria uma oportunidade de se expressar amor, ao passo que uma ordem sufoca essa possibilidade.

Fonte: As Cinco Linguagens do Amor

sábado, 29 de janeiro de 2011

Palavras Bondosas

O amor é esplendoroso. Se desejamos comunicá-lo de forma verbal devemos utilizar palavras bondosas. Isso tem a ver com a forma através da qual nos expressamos. Uma mesma sentença pode
ter dois diferentes significados, dependendo de como ela é apresentada. A frase “Eu amo você”, quando dita com bondade e ternura, pode ser uma genuína expressão de amor. O que dizer da mesma frase dita da seguinte forma: “Eu amo você?” O ponto de interrogação muda todo o significado. Algumas vezes nossas palavras dizem uma coisa, mas o tom de voz afirma outra completamente diferente. Enviamos mensagens dúbias. Nosso cônjuge, geralmente, interpretará a mensagem que lhe enviarmos com base na tonalidade da voz e não nas palavras que usarmos. A frase: “Eu faço questão de lavar a louça hoje a noite!”, dita em tom
de voz cavernosa, não será recebida como uma expressão de amor.
Por outro lado, podemos compartilhar mágoa, dor e mesmo raiva, de maneira meiga, e aquela mensagem ser uma manifestação de amor.
Por exemplo: “Fiquei desapontada e magoada por você não haver se oferecido para me ajudar esta noite!”, dita de forma honesta, gentil, pode ser uma expressão de amor. A pessoa que fala quer ser conhecida por seu cônjuge. Ao compartilhar seus sentimentos dará um passo para aumentar a intimidade entre ambos. Solicitará uma oportunidade para conversar sobre uma dor, a fim de curá-la. A mesma palavra dita em voz alta, irritada, não será uma expressão de
amor, mas sim de condenação e julgamento.
A maneira como falamos é extremamente importante. O rei Salomão disse com toda sabedoria: “A resposta branda desvia o furor”. Quando seu cônjuge estiver bravo, deprimido e disser
palavras agressivas, se você optar em permanecer gentil, não somente deixará de responder agressivamente, mas usará palavras brandas. Receba o que ele diz como uma comunicação de seu estado emocional. Permita que ele externe sua ira, raiva e sua percepção da situação. Procure enxergar de seu ponto de vista e então expresse de forma bondosa e gentil sua opinião sobre o porquê dele(a) se sentir daquela forma.
Se você entender errado o motivo da alteração de suas emoções, reconheça o erro e peça perdão. Se a sua motivação for diferente da que ele percebe, explique-a de forma gentil. Você deverá procurar a compreensão e reconciliação e não provar seu ponto de vista como a única forma lógica para explicar o ocorrido. Isso é amor maduro, o tipo que devemos aspirar se buscarmos o crescimento em nossos casamentos.
O amor jamais registra uma lista de erros. Ele não traz à tona fracassos passados. Nenhum de nós é perfeito. No casamento, nem sempre fazemos o melhor ou o mais certo. Faze- mos e dizemos coisas duras a nossos cônjuges. Também jamais apaguemos o passado. Devemos confessar e concordar que agimos mal. Peçamos perdão e tentemos agir diferentemente no futuro. Após confessar a falta e solicitar o perdão, não poderei fazer mais nada para aliviar a dor causada a meu cônjuge. Quando erro com minha esposa e ela expressa que foi magoada e sugere que eu peça perdão, preciso fazer uma escolha: justiça ou perdão. Se eu escolher a justiça e tentar compensá-la, ou então fazê-la pagar por seu ato errado, farei de mim mesmo um juiz e ela uma ré. A intimidade torna-se impossível de ser restaurada. O perdão é o caminho do amor. Fico admirado como há pessoas que misturam o dia de hoje com o de ontem. Insistem em
trazer para o presente os fracassos do passado e, ao fazerem isso, estragam um dia potencialmente maravilhoso.
“Não posso acreditar que você tenha feito isso!’’ “Não sei se algum dia poderei esquecer isso!” “Você não tem a menor ideia de como me magoou!” “Não entendo como você pode ficar aí sentado(a) tão tranquilo(a) depois de ter me tratado dessa maneira!”
“Você deveria se ajoelhar e implorar o meu perdão!” “Não sei se conseguirei perdoá-lo(a)!” Essas frases não são de amor, mas de amargura, ressentimento e vingança.
Se desejamos desenvolver um relacionamento precisamos saber quais são os desejos da pessoa amada.
Se queremos amar um ao outro, precisamos saber como fazê-lo.
A melhor coisa que podemos fazer com os fracassos do passado é torná-los em simples história. Sim, eles ocorreram, e certamente machucaram. E talvez ainda magoem, mas ele
reconheceu seu erro e pediu o seu perdão. Não conseguimos apagar o passado, mas podemos aceitá-lo como experiência de vida. Vivamos o dia de hoje livres das mágoas anteriores.
O perdão não é um sentimento, mas um compromisso. É a opção de se mostrar misericórdia e não de se jogar a ofensa no rosto do ofensor. Perdão é uma expressão de amor.
“Amo você. Preocupo-me com você e decido perdoá-lo(a).
Mesmo que eu continue ainda por um tempo a sentir-me machucado(a), não permitirei que o ocorrido interponha-se entre nós. Espero que aprendamos com essa experiência. Você não é um fracassado porque teve um fracasso. Você é meu marido(esposa) e juntos continuaremos nossa caminhada.”
Estas são palavras de afirmação, ditas no dialeto de palavras gentis.

Fonte: As Cinco Linguagens do Amor

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Presente Matinal

Hoje não resisti e registrei meu presente matinal... um bom dia celestial!

Palavras Encorajadoras

Elogio verbal é uma, entre as muitas formas de se expressar palavras de afirmação ao seu cônjuge. Outra maneira: as palavras encorajadoras. O termo encorajar significa “inspirar coragem”. Em
determinadas fases da vida todos nós nos sentimos inseguros. Não possuímos a coragem necessária, e esse medo impede-nos de realizarmos certos atos positivos que gostaríamos de concretizar. O potencial latente de seu cônjuge, nestas áreas de instabilidade, talvez espere suas palavras de encorajamento.
Allison sempre gostou de escrever. Mais tarde, na faculdade, fez alguns cursos de jornalismo. Percebeu rapidamente que seu entusiasmo em redigir superava, em muito, seu interesse pela
História, que fora sua matéria predileta. Já era muito tarde para que mudasse de faculdade mas, após se formar e antes de seu primeiro filho, ela escreveu vários artigos. Apresentou um deles à redação de uma revista; porém, como não foi aceito, não teve mais coragem de tentar novamente em outro lugar. Agora, com os filhos já mais velhos e, com um pouco mais de tempo, ela resolveu voltar a escrever.
O marido de Allison, Robert, prestara pouca atenção nos artigos dela nos primeiros anos de casamento. Ele se ocupara com sua própria carreira, pois desejava galgar todos os degraus de sua
empresa. Ainda em tempo, Robert percebeu que o real significado da vida encontrava-se não em realizações, mas nos relacionamentos. Ele aprendeu a dar mais valor para Allison e aos interesses dela. Nesse ritmo, foi natural que, em uma das noites, ele pegasse um dos artigos escritos por sua esposa e o lesse. Ao terminar ele se dirigiu para onde Allison lia um livro. Muito entusiasmado, ele disse:
— Desculpe interromper sua leitura, mas eu tenho que lhe dizer uma coisa: Acabei de ler seu artigo “Aproveite seu Feriado”.
Allison, você é uma excelente escritora. Esta matéria precisa ser publicada. Você escreve de forma clara e usa palavras que faz com que o leitor consiga visualizar o que se relata. Seu estilo é fascinante.
Você tem de levar este artigo para algumas revistas.
— Você acha realmente? — ela perguntou um pouco hesitante.
— Acho sim! Seu material é muito bom mesmo!
Quando Robert saiu da sala, ela não continuou sua leitura. O livro ficou aberto em seu colo e ela sonhou acordada durante meia hora sobre o que o marido acabara de falar. Quis saber se outras
pessoas veriam seu artigo da mesma forma que seu esposo o observara. Lembrou-se de quando lhe passaram um fax agradecendo, porém dispensando seu artigo. Mas agora era diferente. Seus textos estavam melhores. Ela havia amadurecido. Antes que levantasse para pegar um copo d’água, tomou uma decisão. Levaria seus artigos para a apreciação de algumas revistas. Iria atrás da possibilidade deles serem publicados.
As palavras encorajadoras de Robert foram pronunciadas há catorze anos. Allison já possui vários artigos publicados desde então, e agora já tem um contrato para escrever. É uma excelente escritora. Porém, foram as palavras encorajadoras de seu marido que a inspiraram e impulsionaram a dar o primeiro passo no árduo processo de ter um artigo publicado.
Talvez seu cônjuge possua alguma qualidade que tenha grande potencial, mas se encontra adormecida. Aquela capacidade talvez aguarde suas palavras encorajadoras. Quem sabe seja preciso que ele (ela) se matricule em algum curso para desenvolver esse potencial.
Talvez seja necessário que ele (ela) se encontre com alguém da área em questão, para pegar algumas dicas do próximo passo a ser dado.
Suas palavras podem dar a seu cônjuge a coragem necessária para ele ir atrás de seu sonho.
Por favor, perceba que não falo para pressionar seu cônjuge a fazer alguma coisa que você queira que ele realize. Oriento sobre como encorajá-lo a desenvolver alguma aptidão que ele já possua.
Por exemplo, alguns maridos pressionam suas esposas a fazer regime. Eles dizem que as encorajam, mas elas sentem isso como uma condenação. Somente quando a pessoa, por si, decide perder peso, é que você deve encorajá-la. Até que parta dela o desejo, suas palavras pesarão como um sermão. É muito raro esse tipo de discurso encorajador, pois soa mais como julgamento, destinado a estimular a culpa. Não expressa amor, mas rejeição.
Encorajamento requer empatia que nos leva a enxergar o mundo segundo a perspectiva de nosso cônjuge.
Devemos, em primeiro lugar, procurar saber o que é importante para ele.
Se, no entanto, seu cônjuge lhe disser: “Estou pensando em fazer uma dieta neste verão!” Aí, então, você terá a oportunidade de transmitir-lhe palavras encorajadoras, algo como: “Se você fizer isso,
posso dizer-lhe que será um sucesso! Essa é uma das coisas que gosto em você. Quando coloca algo na cabeça, dá um jeito de fazê-lo.
Se isso é o que realmente deseja, farei o que puder para ajudá-lo(a). E não se preocupe com o preço do tratamento, pois daremos um jeito em relação ao dinheiro”. Tais palavras poderão dar coragem
para que seu cônjuge ligue à clínica que promove aquela dieta.
Encorajamento requer empatia que nos leva a ver o mundo da perspectiva de nosso cônjuge. Devemos, primeiramente, aprender o que é importante para ele (ela). Aí, então, seremos capazes de encorajá-lo (a). O encorajamento verbal comunica: “Eu sei. Eu me preocupo. Estou do seu lado. Como posso ajudá-lo?” É uma forma de dizer que acreditamos nele (a) e em suas habilidades. É dar crédito e louvor.
A maioria de nós possui mais potencial do que poderíamos imaginar que tivéssemos. O que nos segura é, na maioria das vezes, a falta de coragem. Um cônjuge amoroso pode ser um importante
catalisador. É natural que seja difícil elaborar e dizer palavras encorajadoras. Talvez não seja sua primeira linguagem. Pode ser que, para você, seja necessário grande esforço para aprender a falar essa segunda língua. Isso será especialmente difícil se você tem um padrão de palavras críticas e condenatórias. Porém, posso assegurarlhe que seu esforço será recompensado.



Fonte: As Cinco Linguagens do Amor

O Presente da Presença

Existe um tipo de presente que é intangível e muitas vezes fala
mais alto do que qualquer outro que você possa ter nas mãos. Eu o
chamo de presente da sua presença, ou presente de si mesmo. Estar
ao lado de seu cônjuge quando este precisa de você fala mais alto do
que aquele cuja primeira linguagem é receber presentes. Jan disse-me
certa vez:
— Meu marido Donald gosta mais de futebol do que de mim!
E eu então lhe perguntei:
— Por que você diz isso?
— No dia em que nosso filho nasceu, ele foi jogar bola. Eu
fiquei a tarde toda sozinha, deitada em um leito da maternidade,
enquanto ele se divertia com os colegas o tempo todo. Fiquei
arrasada. Aquele era um dos momentos mais preciosos de nossas
vidas. Queria que o desfrutássemos juntos. Desejava que ele
estivesse ali comigo. Mas Don abandonou-me e foi jogar!
Aquele marido poderia ter mandado dúzias de rosas para a
esposa, mas elas de forma alguma falariam tão alto quanto se ele
estivesse no hospital, ao lado da esposa. Posso afirmar que Jan ficou
profundamente magoada com aquela experiência. O “bebê” tem
agora 15 anos e ela ainda fala do ocorrido com todas as emoções
presentes, como se tivesse acontecido no dia anterior. Procurei
sondá-la com a seguinte pergunta:
— Você baseou sua conclusão, de que Don aprecia mais a
futebol do que a você, naquela experiência?
— Não só, mas também. No dia do funeral de minha mãe, ele
também foi jogar bola.
— Mas ele foi ao funeral?
— Foi. Mas assim que a cerimônia terminou, ele foi direto
jogar. Eu não podia acreditar. Meus irmãos levaram-me para casa,
pois meu marido tinha ido jogar futebol!
Mais tarde tive a oportunidade de perguntar a Don sobre essas
duas situações. Ele sabia exatamente do que eu falava:
— É, eu sabia que ela falaria ao senhor sobre isso. Eu estava lá
durante todo o trabalho de parto e também quando o bebê nasceu.
Tirei fotos. Eu estava muito feliz e não via a hora de contar para os
meus colegas do time a boa notícia. Mais tarde, quando voltei ao
hospital, “minha bola murchou”! Ela estava furiosa comigo. Eu não
podia acreditar que era ela quem me dizia todas aquelas coisas
horrorosas! Achei que ela ficaria orgulhosa por eu ter prazer em
querer dar a boa notícia ao time...
A presença do (a) esposo (a) em
tempo de crise é o maior
presente que se pode dar
a um cônjuge cuja primeira
linguagem do amor
seja “Receber Presentes”.
Ele prosseguiu:
— E quando a mãe dela morreu? Provavelmente não lhe
contou que eu tirei uma semana de férias antes que minha sogra
morresse e fiquei o tempo todo entre o hospital e a casa dela, fazendo
reparos e ajudando no que era preciso. Após sua morte, terminando o
funeral, achei que tinha feito tudo o que podia. Eu precisava de um
descanso. Gosto muito de futebol e sabia que um joguinho ajudarme-
ia a relaxar e a aliviar um pouco a tensão dos últimos dias. Achei
que ela compreenderia isso. Fiz tudo o que achei ser importante para
ela, mas não foi suficiente. Ela nunca esquecerá e sempre jogará na
minha cara aqueles dois dias. Ela diz que eu gosto mais de futebol do
que dela. Isso é ridículo!
Don era um marido sincero que falhou em compreender a
tremenda importância de sua presença. A permanência dele era mais
importante para ela do que qualquer outra coisa. A presença do (a)
esposo (a) em tempos de crise é o maior presente que se pode dar a
um cônjuge cuja primeira linguagem do amor seja “Receber
Presentes”. A presença física torna-se o símbolo do amor. Retire esta
presença e a percepção desta virtude evapora-se. Durante o
aconselhamento, Don e Jan trataram das feridas e dos ressentimentos
do passado. Ela conseguiu perdoá-lo e ele pôde compreender porque
sua presença era tão importante para ela.
Se a presença de seu cônjuge é muito importante para você, eu
o (a) incentivo a expressar-lhe isso. Não espere que ele (ela) leia sua
mente. E se porventura ouvir a expressão: “Gostaria muito que você
estivesse lá comigo amanhã (hoje à noite, esta tarde, etc.)”; por favor,
leve esse pedido a sério. Talvez, de seu ponto de vista, sua presença
não seja tão importante, mas se você não atender a esta solicitação,
poderá comunicar uma mensagem negativa. Um determinado esposo
me disse certa vez:
— Quando minha mãe morreu, o supervisor de minha esposa
lhe disse que ela poderia se ausentar do emprego durante duas horas
e depois desse período deveria voltar ao trabalho. Ela, então, disselhe
que seu esposo precisava do apoio dela; por isso, não voltaria
mais naquele dia.
O supervisor então lhe disse:
— Se você não voltar, poderá perder seu emprego. Minha
esposa então replicou:
— Meu esposo é mais importante do que meu trabalho.
— Ela passou aquele dia comigo. De alguma forma, naquela
oportunidade eu me senti mais amado por ela do que nunca antes.
Jamais esqueci aquele seu ato. E sabe o que aconteceu? Ela não
perdeu o emprego. Seu supervisor foi mandado embora e ela assumiu
o posto que era dele.
Aquela esposa falara a linguagem do amor de seu marido e ele
jamais esqueceu disso.
Quase toda literatura existente sobre o amor indica que em seu
âmago encontra-se o espírito da entrega voluntária. Todas as cinco
linguagens do amor desafiam-nos a doarmos nós mesmos a nossos
cônjuges; no entanto, para alguns, receber presentes, símbolos
visíveis do amor, é o que fala mais alto. A maior ilustração dessa
verdade veio de Chicago, onde conheci Jim e Janice.
Eles participaram de meu seminário sobre casamento e ficaram
encarregados de me levar, na tarde de sábado, ao Aeroporto O’Hare.
Tínhamos umas três horas antes de meu embarque e eles
perguntaram se eu gostaria de ir a um restaurante. Como estava com
fome, concordei alegremente. E naquela tarde, tive muito mais do
que uma refeição grátis.
Jim e Janice cresceram em fazendas da região de Illinois.
Mudaram para Chicago logo após se casarem. Ela me contou um fato
ocorrido quinze anos depois do feliz matrimônio e dos três filhos. Ela
começou a falar assim que nos sentamos:
— Dr. Chapman, o motivo de trazê-lo até o aeroporto foi para
partilharmos com o senhor um milagre.
Alguma coisa nesta palavra faz-me recuar, principalmente
quando não conheço a pessoa que a usa. “O que será que vem por
aí?”, pensei. Ocultando esses pensamentos para mim mesmo,
dediquei toda minha atenção a ela. Eu não sabia, mas estava prestes a
levar um choque.
— Dr. Chapman, Deus usou o senhor para fazer um milagre
em nosso casamento.
Nossa, como me senti culpado! Um minuto atrás eu
questionava o uso da palavra milagre, e agora, Janice dizia que eu era
o veículo daquele milagre. Passei, então, a ouvir com mais interesse.
Janice continuou:
— Há três anos assistimos, pela primeira vez, um seminário do
senhor aqui mesmo em Chicago. Eu estava desesperada. Pensava
seriamente em deixar Jim e já havia dito isso a ele. Nosso casamento
estava vazio há muito tempo. Eu já tinha desistido. Durante anos eu
dizia a Jim que precisava de seu amor, mas ele não esboçava
nenhuma reação. Eu amava as crianças e sabia que elas me adoravam
também, mas não sentia nenhum amor da parte de Jim. Para ser sincera,
naquela época eu praticamente o detestava. Ele era uma pessoa
absolutamente metódica. Fazia tudo por hábito. Era tão previsível
quanto um relógio e ninguém conseguia alterar aquela rotina.
Ela continuou:
— Durante muitos anos, tentei ser uma boa esposa. Eu
cozinhava, lavava, passava... Colocava em prática tudo o que uma
boa esposa deveria realizar. Fazia sexo porque sabia que era
importante para ele. Porém, não havia jeito de me sentir amada por
Jim. Sentia-me como se ele tivesse deixado de se interessar por mim
após o casamento e simplesmente não me valorizava mais. Sentia-me
usada e desvalorizada.
— Quando falei com Jim sobre meus sentimentos, ele
simplesmente riu e disse que nós tínhamos um casamento tão bom
quanto qualquer outro da vizinhança. Ele não conseguia entender
porque eu estava tão infeliz. Lembrou-me então que as contas
estavam pagas, tínhamos uma bela casa, um carro novo, e eu podia
me dar ao luxo de escolher trabalhar fora ou em casa, e deveria estar
alegre ao invés de reclamar o tempo todo. Ele nem ao menos tentou
compreender meus sentimentos, o que me fez sentir totalmente
rejeitada. E foi assim que três anos atrás chegamos ao seu seminário.
Ela suspirou e prosseguiu:
— Até então, nunca havíamos participado de nenhum estudo
sobre o casamento. Eu não sabia o que me esperava e, sinceramente,
minhas expectativas eram negativas. Achei que nunca, nada nem
ninguém mudaria Jim. Durante e depois do seminário, ele quase não
falou. Aparentemente demonstrou gostar do assunto. Inclusive,
achou o senhor muito engraçado. Mas não comentou comigo sobre
nenhuma das idéias do seminário. Não esperava mesmo que o fizesse
e tampouco lhe perguntei coisa alguma. Como já disse, eu já desistira
de esperar alguma mudança. Como o senhor bem sabe, o seminário
terminou no sábado à tarde. Naquele dia à noite e no domingo, as
coisas foram como de costume. Porém, na segunda-feira à tarde, ele
chegou do serviço e trouxe-me uma rosa.
Fez uma nova pausa, para respirar fundo e prosseguiu:
— Onde você arrumou isso? — eu perguntei. Ele respondeu:
— Comprei de um vendedor de flores. Achei que você gostaria
de ganhar uma rosa.
— Eu comecei a chorar e agradeci comovida. Logo descobri
que ele comprara a rosa de um vendedor em alguma esquina. De fato
eu havia visto um naquele dia. Mas isso não importava, pois o que
valia é que ele me trouxera aquela rosa. Na terça-feira à tarde ele me
ligou do escritório e perguntou-me o que eu achava se ele trouxesse
uma pizza para jantarmos. Ele pensou que eu apreciaria não cozinhar
naquela noite.
Disse-lhe que achava a idéia ótima e ele trouxe aquele lanche
para casa. Nós curtimos muito aquela pizza. As crianças também
gostaram muito e agradeceram-lhe por tê-la trazido. Dei-lhe um
abraço e manifestei minha sincera apreciação por tudo.
Fez uma pequena pausa e prosseguiu:
— Ao chegar em casa na quarta-feira à noite trouxe para cada
um de nossos filhos um pacote de biscoitos e uma plantinha para
mim. Disse que a rosa logo morreria e achava que eu gostaria de algo
que durasse mais tempo. Eu pensei que tivesse alucinações! Não
podia acreditar que Jim fizesse aquelas coisas e nem o porquê delas.
Na quinta-feira após o jantar ele me deu um cartão onde escrevera
que, apesar de não saber dizer seu amor por mim, gostaria que eu
soubesse o quanto eu significava para ele. Novamente chorei e sem
relutância abracei-o e beijei-o. Nessa hora ele falou: “Por que não
arrumamos uma babá para ficar em casa no sábado à noite e vamos
nós dois jantar fora?” Meio fora de órbita respondi que seria
maravilhoso. Na sexta-feira à noite, ao vir para casa, parou em uma
loja de doce e trouxe para cada um de nós um pacotinho com nossos
doces preferidos. De novo ele nos fez surpresa e disse que aquela era
nossa sobremesa.
Janice parou novamente para dar um profundo suspiro e
prosseguiu:
— No sábado à noite, eu estava em “alfa”. Não tinha idéia do
que tinha acontecido a Jim, nem se aquilo duraria muito tempo. Só
sabia que adorava cada minuto. Após nosso jantar naquele sábado,
disse-lhe que não entendia aquela sua atitude e pedi que ele me
contasse o que acontecera.
Nesse momento, ela olhou para mim muito séria e disse:
— Dr. Chapman, quero que o senhor entenda exatamente o que
ocorreu. Este homem, depois que nos casamos, nunca mais me dera
flor alguma. Jamais me dedicara um único cartão. Ele sempre dizia
que comprá-los era um desperdício de dinheiro porque você olhava
uma vez para os mesmos e depois os jogava fora. Acredite ou não, só
saímos para jantar uma única vez em cinco anos. Nunca adquiriu
algo para as crianças e esperava que eu comprasse somente o
extremamente essencial. Jamais trouxe uma pizza para jantarmos.
Esperava encontrar a comida pronta todas as noites, ao chegar em
casa. Estou, então, desejosa de dizer que o que aconteceu foi uma
mudança radical de comportamento. Nesse momento, virei-me para
Jim e perguntei:
— O que você respondeu quando, ainda no restaurante, ela lhe
perguntou o que acontecera?
— Disse a ela que, ao ouvir seu seminário sobre as linguagens
do amor, compreendi que a linguagem dela era o “Receber
Presentes’’. Nessa hora, também percebi que há muitos anos não lhe
dava uma lembrança sequer. Para ser sincero, creio que não lhe
ofereci algo desde nosso casamento. Lembro-me que quando
namorávamos, costumava trazer-lhe flores e outros presentinhos, mas
depois que nos casamos, achei que não deveria mais arcar com essa
despesa. Contei-lhe então que decidira dar-lhe durante uma semana
um presente por dia e observaria se aquilo causaria alguma mudança
nela. Tenho de admitir que presenciei uma enorme diferença em suas
atitudes durante aquela semana.
Fez uma pequena pausa e prosseguiu:
— Disse-lhe também que confirmava ser verdadeiras as
palavras que o senhor dissera, e aprender a linguagem certa do amor
era a chave para que o cônjuge se sentisse amado. Pedi perdão por ter
ficado tão endurecido todos aqueles anos, falhando tanto em suprir
sua necessidade de sentir-se amada. Disse a ela que realmente a
amava e apreciava todas as coisas que ela fazia por mim e pelas
crianças. Disse-lhe também que, com a ajuda de Deus, iria me tornar
um expert em presentear e iria me aprimorar nisso por toda minha
vida. Nessa hora, Janice me disse:
— Mas, Jim, você não pode continuar a me comprar presentes
todos os dias pelo resto de nossas vidas. Não há orçamento que
agüente isso! Eu lhe respondi:
— Pode ser que não dê para comprar todos os dias, mas pelo
menos uma vez por semana, acho que sim. Isso soma 52 novos
presentes por ano que você deixou de receber nos últimos cinco anos.
E quem disse que terei de comprar todos eles? Posso muito bem
fazer alguns. Posso utilizar a idéia do Dr. Chapman de, na primavera,
apanhar uma flor do nosso jardim.
Janice então o interrompeu:
— Dr. Chapman, que eu me lembre, ele não falhou nenhuma
semana já há três anos. Ele é um novo homem. O senhor não acredita
como somos felizes! Nossos próprios filhos têm nos chamado de
pombinhos apaixonados. Meu “tanque” tem transbordado de tão
cheio!
Virei-me então para Jim e perguntei:
— E quanto a você, Jim, também se sente amado por Janice?
— Eu sempre me senti amado por ela, Dr. Chapman. Ela é a
melhor dona de casa do mundo! Cozinha como ninguém. Minhas
roupas estão sempre limpas e passadas. Ela é ótima para lidar com as
crianças. Sei que ela me ama.
Ele sorriu e continuou:
— Minha linguagem do amor está muito óbvia para o senhor,
não é?
Concordei com ele. E também com ela, ao lembrar da palavra
milagre utilizada ao início de nossa conversa.
Não é necessário que os presentes sejam caros e oferecidos
semanalmente. Para algumas pessoas, o valor deles nada tem a ver
com o preço, mas sim com o amor implícito.
No capítulo sete, deixaremos mais clara a linguagem do amor
de Jim.

Fonte: As Cinco Linguagens do Amor

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A Primeira Linguagem do Amor: Palavras de Afirmação

Mark Twain disse certa vez: “Um bom elogio pode me manter vivo durante dois meses”. Se tomarmos suas palavras ao pé da letra, seis elogios por ano manteriam seu “tanque do amor” em nível operacional. Sua esposa, porém, provavelmente precisará de mais do que isso.
Uma forma de se expressar o amor emocional é utilizar palavras que edificam. Salomão, um dos escritores da Bíblia, escreveu: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”.
Muitos casais nunca aprenderam o tremendo poder de uma afirmação verbal mútua. Mais tarde, este rei acrescentou: “A ansiedade no coração do homem o abate, mas a boa palavra o alegra”.
Elogios verbais e palavras de apreciação são poderosos comunicadores do amor. São os melhores comunicados em forma de expressão direta e simples, como: “Você ficou tão elegante com esse terno!” “Você está muito bem com esse vestido!” “Ninguém faz essas batatas melhor que você!”
“Querido, muito obrigada por ter lavado a louça para mim esta noite!”
“Muito obrigada por pagar mais um dia da faxineira esta semana. Quero que saiba que estou realmente grata!”
“Muito obrigado por ter feito um jantar tão gostoso!”
O que deverá acontecer ao clima emocional do casamento se o marido e a mulher ouvirem essas palavras de afirmação regularmente?
Anos atrás eu estava em meu escritório com a porta aberta quando uma senhora apareceu de repente e perguntou:
— O senhor tem um minuto?
— Sim, claro — respondi. Ela se sentou e disse:
— Dr. Chapman, estou com um problema. Não consigo fazer com que meu marido pinte o nosso quarto. Já faz nove meses que lhe peço diariamente, mas não tem adiantado. Já tentei tudo o que podia, mas não há jeito.
Meu primeiro pensamento foi: “Minha senhora, parece que você bateu na porta errada. Não temos pintores aqui”. No entanto, virei-me para ela e disse:
— Fale-me sobre isso. E ela começou a contar:
— Bem, sábado passado foi um grande exemplo. Lembra-se como o dia estava lindo? Sabe o que meu marido fez o dia inteiro?
Lavou e encerou o carro.
— E o que a senhora fez?
— Fui à garagem e disse:
— Bob, não consigo entendê-lo. O dia hoje está perfeito para pintar o quarto e você está aqui lavando e encerando o carro!
— E seu comentário deu certo? Ele foi pintar o quarto?
— Não. O quarto encontra-se do jeito que estava, sem pintura.
Não sei mais o que fazer!
— Deixe-me fazer-lhe uma pergunta: A senhora é contra carros limpos e encerados?
— Não, mas quero que meu quarto seja pintado!
— A senhora tem certeza de que seu marido sabe que a senhora gostaria que ele pintasse o quarto? — Estou plenamente convicta. Tenho pedido isso a ele durante nove meses.
— Deixe-me fazer-lhe mais uma pergunta: Seu marido faz alguma coisa bem feita?
— Como o quê?
— Coisas como recolher o lixo, limpar os vidros de seu carro, colocar combustível no automóvel, pagar a conta de luz, ajudá-la a vestir um casaco, etc.
— Sim, ele faz muito bem algumas dessas coisas.
— Então, tenho duas sugestões. Primeira, nunca mais mencione a pintura do quarto. Esqueça e jamais fale com ele sobre isso.
Ela olhou para mim e disse:
— Não vejo em que isso pode ajudar!
O objetivo do amor não é você conseguir algo que deseje, mas fazer alguma coisa pelo bem-estar daquele a quem ama. No entanto, é fato que, quando recebemos elogios, dispomo-nos mais a retribuir a gentileza recebida.
— Escute, você acabou de dizer que ele já sabe qual é o seu desejo: gostaria que ele pintasse o quarto. Não é mais preciso dizerlhe isso. Ele já sabe. A segunda sugestão é a seguinte: na próxima
vez que seu marido fizer alguma coisa bem feita, expresse isso a ele verbalmente, elogiando-o. Se ele levar o lixo para fora, diga-lhe algo como “Bob, quero que você saiba que sou muito grata por ter levado o lixo para fora”.
— Não diga jamais: “Se demorasse mais para levar esse lixo para fora, as moscas fariam isso por você!”
— Quando ele pegar as contas para pagar, diga algo como: “Obrigada por pagar nossas contas; há maridos que não fazem isso e quero que saiba que sou realmente muita grata!”
— Todas as vezes que ele fizer algo de bom, elogie-o.
— Não vejo como isso pode fazer com que ele pinte o quarto!
— A senhora pediu meu conselho, eu o dei. Faça como achar melhor!
Ela não estava muito satisfeita comigo quando foi embora. Três semanas mais tarde ela voltou a meu escritório e disse:

— Deu certo!
Ela aprendeu que as palavras elogiosas são realmente motivadoras.
Não sugiro que use de bajulação para conseguir o que deseja de seu cônjuge. O objetivo do amor não é obter o que se quer, mas fazer algo pelo bem-estar daquele a quem se ama. É verdade, porém, que ao recebermos palavras elogiosas, de afirmação, tornamo-nos mais motivados a sermos recíprocos e a fazermos algo que nosso cônjuge deseje.

Fonte: As Cinco Linguagens do Amor

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Tatuagem

Já perdi as contas das vezes em que me vi repetindo a mesma coisa... vendo sua tatuagem na minha memória! Não tatuei símbolos, crenças ou representações em meu corpo, mas acabei tatuando seu rosto na minha memória.
Costumeiramente, ele deitava em meu colo e ao fazer carinho em seu rosto, eu fechava os meus olhos e contornava sua face com meu dedo, como se o desenhasse. Ao ser questionada sobre o que estava fazendo, dizia que estava desenhando seu rosto na minha memória, para buscá-lo sempre que a saudade surgisse.
E a dona saudade me tem sido implacável e cruel, trazendo-me à memória, durante diversas vezes ao dia, aquele rosto que tanto amei. Não é preciso esforço para me lembrar de você e, consequentemente, do motivo que me levou a tatuá-lo na minha cabeça (leia-se coração).
Ao procurar por especialistas em ‘apagar’ tatuagens, fui alertada que o processo pode demorar, talvez nem tudo seja extinto. Trata-se de um tratamento doloroso, bem diferente dos momentos doces em que o tatuei por livre e espontânea vontade.
E aí... vem o Oswaldo, o Montenegro, e canta ao pé do meu ouvido... “Mesmo que você impeça, o Sol vai brilhar e a dor vai passar!”
Ela vai passar!

Apaixonando-se

Ela entrou em meu escritório sem hora marcada e perguntou à minha secretária se poderia falar comigo durante cinco minutos. Eu conhecia Janice há muito tempo. Ela estava com 36 anos e nunca se casara. Havia namorado vários rapazes no passar dos anos: um deles durante seis anos, outro durante três e diversos por curtos períodos de tempo. De vez em quando ela marcava uma consulta comigo para conversar sobre alguma dificuldade específica que estivesse atravessando em algum de seus relacionamentos. Ela era, por natureza, uma pessoa disciplinada, consciente, organizada, reflexiva e cuidadosa. Era completamente fora de suas características aparecer em meu escritório sem ter hora marcada. Eu pensei: “Só alguma crise terrível faria Janice vir aqui sem marcar hora!” Então, eu disse à minha secretária que a deixasse entrar. Eu realmente esperava vê-la debulhada em lágrimas, contando-me alguma trágica experiência logo ao abrir a porta. No entanto, ela literalmente pulou para dentro da sala, gritando animadamente. Perguntei-lhe:
— Como vai, Janice?
— Ótima! Nunca estive melhor em toda minha vida! Vou me casar!
— É mesmo? (Eu disse demonstrando minha surpresa!)
— Com quem? Quando?
— Com David Gallespie, em setembro.
— Isso é maravilhoso! Há quanto tempo vocês estão namorando?
— Três semanas Sei que é loucura, Dr. Chapman, depois de ter namorado tantos outros e de tantas vezes ter chegado perto do casamento. Eu mesma não consigo acreditar, mas sei que o David é o
rapaz certo para mim! Pela primeira vez, nós dois descobrimos isso juntos. É claro que não falamos sobre esse assunto na primeira vez que saímos, mas uma semana depois ele me pediu em casamento. Eu sabia que ele me pediria e eu aceitaria. Nunca me senti assim antes, Dr. Chapman. O senhor conhece os relacionamentos que tive nesses anos todos e as lutas que enfrentei. Em cada um deles, alguma coisa não dava certo. Nunca tive a certeza de que deveria me casar com algum deles, mas agora sei que David é a pessoa preparada por Deus!
Nesse momento Janice balançava-se para frente e para trás em sua cadeira, rindo e dizendo:
— Sei que parece loucura, mas estou tão feliz! Nunca estive tão feliz em toda minha vida.
O que acontecia com Janice? Ela estava apaixonada. Em sua mente, David era o homem mais maravilhoso que ela já conhecera. Ele era perfeito em todas as formas e também se tornaria o marido ideal. Ela pensava nele dia e noite. O fato de David já ter sido casado duas vezes, possuir três filhos e ter passado, somente no ano anterior, por três empregos diferentes, não lhe importava. Ela estava feliz e convencida de que seria feliz para sempre ao lado dele. Ela estava apaixonada.
A maioria de nós entra para o casamento pela porta do amor. Ocorre de conhecermos alguém que possui características físicas e marcas em sua personalidade que disparam nosso sistema de alerta. Os sinos tocam, e iniciamos o processo da descoberta de quem é aquela pessoa. No primeiro encontro pode ser servido um hambúrguer ou um belo churrasco, dependendo do nosso orçamento, mas nosso real interesse não é a comida. Entramos em uma empreitada para conhecer o amor. “Será que esse sentimento ardente, borbulhante dentro de mim pode ser algo real?”
Algumas vezes essas borbulhas desaparecem logo no primeiro encontro, ao descobrirmos que ela, ou ele, funga. Dessa forma, as borbulhas escorregam por nossos dedos e não queremos mais comer hambúrguer com aquela pessoa. Outras vezes, porém, as borbulhas aumentam mais ainda, após aquele lanche. Arrumamos vários outros encontros e, pouco tempo depois, o nível de intensidade chega a ponto de afirmarmos: “Acho que estou apaixonada (o)!” Pensando que o sentimento é algo real, contamos à outra pessoa esperando que isso seja recíproco. Se não é, as coisas dão uma esfriada, ou então redobramos nossos esforços para impressionar e acabamos, eventualmente, conquistando o amor de nosso (a) amado (a). Quando há reciprocidade começamos a falar sobre casamento, porque todos concordam que estar apaixonado é um alicerce necessário para se
manter um bom casamento.
Nossos sonhos, antes de nos casarmos, são de êxtase conjugal... É difícil pensar-se qualquer outra coisa, quando estamos apaixonados.
Nesse patamar, estar apaixonado (a) é uma experiência eufórica. Um fica emocionalmente obcecado pelo outro. Dorme-se pensando nele (nela). Levanta-se e aquela pessoa é a primeira coisa que nos vem à mente. Ansiamos por estar juntos. Gastar tempo um com o outro é como estar na antecâmara do céu. Quando andamos de mãos dadas, é como se nossos corações batessem no mesmo compasso. Beijaríamos um ao outro para sempre, se não tivéssemos de ir à escola ou ao trabalho. O abraçar estimula sonhos de casamento e êxtase. O rapaz apaixonado tem a ilusão de que sua amada é perfeita. A mãe pode ver falhas, mas ele, não. A mãe diz:
— Querido, você já considerou o fato de que ela esteve em tratamento psiquiátrico durante cinco anos?
Ele, porém, replica:
— Oh, mãe, dá um tempo! Já faz três meses que ela está de alta.
Seus amigos também veem algumas falhas, mas não se atrevem a dizer nada, a menos que ele peça, e as chances disso acontecer são inexistentes porque, em sua cabeça, ela é perfeita e o que os outros pensam, não lhe importa.
Nossos sonhos, antes de nos casarmos, são de êxtase conjugal:
— Vamos fazer um ao outro superfelizes. Outros casais podem discutir e brigar, mas isso não acontecerá conosco! Nós nos amamos.

Naturalmente, não ficamos de todo enganados. Sabemos, ao utilizar o racional, que teremos algumas diferenças. Porém, temos certeza de que conversaremos abertamente sobre elas, um de nós cederá e assim chegaremos a um denominador comum. É muito difícil pensar algo diferente quando se vive um clima de paixão.
Somos levados a acreditar que, se realmente estivermos apaixonados, esse amor durará para sempre. Os maravilhosos sentimentos dos quais partilhamos no momento nos acompanharão
até o fim de nossas vidas. Nada se interporá entre nós. Estamos enamorados e aprisionados pela beleza e charme da personalidade um do outro. Nosso amor é a melhor coisa da qual já desfrutamos.

Notamos que alguns casais chegaram a perder esse sentimento, mas isso nunca acontecerá conosco. Fazemos, portanto, a seguinte colocação:
“É possível que eles nunca tenham sentido um amor verdadeiro como o nosso!”
Infelizmente, a eternidade da paixão é uma ficção e não um fato. A psicóloga Dorothy Tennov desenvolveu longos estudos sobre este fenômeno. Após estudar os comportamentos entre os casais, ela concluiu que o tempo médio de extensão da obsessão romântica é de dois anos. Se a paixão foi um fruto proibido, talvez dure um pouco mais. Eventualmente, todos nós descemos das nuvens e pisamos com nossos pés em terra novamente. Nossos olhos abrem-se e passamos a enxergar as “verrugas” da outra pessoa. Descobrimos que alguns de seus traços de personalidade são realmente irritantes. Seus padrões de comportamento aborrecem-nos. Possuem também capacidade para
machucar e irar-se, e utilizam também palavras duras e julgamentos críticos. Esses traços que não percebemos quando estávamos apaixonados tornam-se agora enormes montanhas. Então nos
recordamos das palavras ditas por nossa mãe e perguntamos a nós mesmos: “Como pude ser tão tolo?”

Bem-vindos ao mundo real do casamento, onde fios de cabelo sempre estarão na pia e respingos brancos da pasta de dente estarão no espelho; discussões ocorrem por causa do lado de se colocar o papel higiênico: se a folha deve ser puxada por baixo ou por cima. E um mundo onde os sapatos não andam até o guarda-roupa e as gavetas não fecham sozinhas; os casacos não gostam de cabides e pés de meia somem quando vão para a máquina de lavar. Nesse mundo, um olhar pode machucar, uma palavra pode quebrar. Amantes podem tornar-se inimigos e o casamento um campo de batalha sem trégua.

O que aconteceu com a paixão? Que coisa! Foi uma ilusão que nos enganou e levou-nos a assinar nossos nomes na linha pontilhada... na alegria e na tristeza. Não é de se admirar que tantos
amaldiçoem o casamento e o ex-cônjuge, a quem um dia amaram.
Além disso, se fomos enganados, temos o direito de ficar bravos.
Será que foi realmente amor? Acho que sim. O problema é que houve falta de informação.
A principal falha na informação é o falso conceito de que a paixão dura para sempre. Deveríamos saber disso. Uma simples observação é o bastante para concluirmos que, se as pessoas permanecessem obcecadas pela paixão, estaríamos em grandes apuros. As ondas da paixão iriam de encontro aos negócios, à indústria, à igreja, à educação e ao restante da sociedade. Por quê?
Porque pessoas apaixonadas perdem o interesse nas outras coisas. Por esse motivo também chamamos a paixão de obsessão. O estudante colegial que entra em uma “paixão avassaladora”, vê suas notas despencarem. É difícil concentrar-se nos estudos quando se está apaixonado. Amanhã vai cair na prova a Segunda Guerra Mundial. Mas, quem se importa com essa guerra? Quando se está apaixonado (a), tudo o mais parece irrelevante. Um certo senhor me disse:
— Dr. Chapman, meu trabalho é estafante! Eu, então, lhe perguntei:
— O que você quer dizer com isso?
— Eu conheci uma garota, apaixonei-me por ela e desde então não consigo fazer mais nada! Não consigo concentrar-me no serviço. Fico o dia inteiro sonhando com ela!
A euforia do estado de paixão concede-nos a ilusão de que estamos em um relacionamento bem íntimo. Sentimos como se nos pertencêssemos um ao outro. Passamos a pensar que somos capazes
de enfrentar qualquer problema que surja. Sentimo-nos altruístas em relação um ao outro. Um jovem disse a respeito de sua noiva: “Não consigo nem pensar em fazer algo que a magoe. Meu
único desejo é vê-la feliz!” Essa obsessão dá-nos o falso sentimento de que nossas atitudes
egocêntricas foram erradicadas e tornamo-nos um tipo de “Madre Teresa de Calcutá”, de tão desejosos que ficamos de fazer qualquer coisa para o bem de nosso (a) amado (a). A razão pela qual nos sentimos tão à vontade para fazer tais coisas, deve-se ao fato de sinceramente acreditarmos que a pessoa por quem estamos apaixonados sente o mesmo por nós. Cremos que ela também está comprometida em suprir nossas necessidades, e ama-nos tanto quanto a amamos e também nada fará para nos magoar.

Esse modo de pensar é realmente uma utopia. Não é que sejamos hipócritas quanto ao que pensamos e sentimos, mas estamos dominados por expectativas irreais. Cometemos um erro de avaliação da natureza humana. Normalmente somos egoístas. Nosso mundo resume-se em nós mesmos. Ninguém é inteiramente altruísta. A euforia da paixão é que estabelece essa ilusão.
Uma vez que a experiência da paixão siga seu rumo normal (é bom lembrar que, em média, a paixão dura por volta de uns dois anos), retornamos ao mundo real e começamos a nos impor. Ele
expressa seus desejos, mas são diferentes dos dela. Ele deseja sexo, mas ela está muito cansada! Ele quer comprar um carro novo, mas ela diz que essa ideia é um absurdo. Ela quer visitar os pais, mas ele diz que não quer gastar tanto tempo com a família dela. Ele quer jogar futebol, mas ela diz:
— Você gosta mais de futebol do que de mim!!
Gradativamente a ilusão da intimidade dilui-se e os desejos individuais, as emoções, os pensamentos e os padrões de comportamento assumem seus lugares. Tornam-se duas pessoas.
Suas mentes não se fundiram em uma só e suas emoções misturaram-se superficialmente no oceano do amor. Agora, então, as ondas da realidade começam a separá-los. Eles saem do domínio da paixão e nesse ponto muitos desistem e separam-se, divorciam-se e partem em busca de uma nova paixão; ou então desenvolvem o árduo trabalho de aprenderem a amar-se mutuamente sem a euforia da paixão.
A experiência da paixão não possui enfoque em nosso próprio crescimento, nem no crescimento e desenvolvimento do cônjuge. Dificilmente também fornece o senso de realização.
Alguns pesquisadores, entre eles o psiquiatra M. Scott Peck e a psicóloga Dorothy Tennov, chegaram à conclusão de que a experiência da paixão não deveria, de forma alguma, ser chamada de amor. Dr. Peck concluiu que o apaixonar-se não é amor verdadeiro, por três razões:
Primeira, apaixonar-se não é um ato da vontade nem uma escolha consciente. Não importa o quanto desejemos, não conseguimos apaixonar-nos voluntariamente. Por outro lado, mesmo que
não busquemos essa experiência, ela pode, simplesmente, acontecer em nossa vida. Muitas vezes apaixonamo-nos no momento errado e pela pessoa errada!
Segunda, apaixonar-se não é amor verdadeiro porque não implica em nenhuma participação de nossa parte. Qualquer coisa que façamos apaixonados, requererá pouca disciplina e esforço. Os
longos e dispendiosos telefonemas realizados, o dinheiro gasto em viagem para ficarmos juntos, os presentes, e todo trabalho envolvido, nada representam. Da mesma forma que os pássaros constroem instintivamente seus ninhos, a natureza da pessoa apaixonada impulsiona na realização de atos inusitados e não naturais, de um para com o outro.
Terceira, a pessoa apaixonada não está genuinamente interessada em incentivar o crescimento pessoal daquela por quem nutre sua paixão. “Se temos algum propósito em mente ao nos
apaixonarmos, é o de terminar nossa própria solidão e, talvez, assegurar essa solução através do casamento”.1 A paixão não se focaliza em nosso crescimento pessoal e nem tampouco no da outra
pessoa amada. Pelo contrário, a sensação é a de que já se chegou onde se deveria alcançar e não é necessário crescer mais.
Encontramo-nos no ápice da felicidade e nosso único desejo é continuar lá. E nosso (a) amado (a), naturalmente, também não precisa mais crescer, pois já é perfeito (a). Esperamos somente que
ele (ela) mantenha essa perfeição.
Se apaixonar-se não é amor, então o que é? Dr. Peck afirma: “E um componente instintivo e geneticamente determinado do comportamento de acasalamento. Em outras palavras, um colapso temporário das reservas do ego que constituem o apaixonar-se; é uma reação estereotipada do ser humano a uma configuração de tendências sexuais internas e estimulações sexuais externas, as quais designam-se ao crescimento da probabilidade da união e elo sexual, tendo em vista a perpetuação da espécie”. Quer concordemos ou não com essa conclusão, os que dentre nós se apaixonaram e também saíram desse estado de paixão, concluirão que essa experiência arremessa-nos a uma órbita emocional diferente de qualquer outra que porventura experimentamos. A tendência é o rompimento com a nossa razão, o que nos leva a fazer e a dizer coisas que nunca faríamos, ou diríamos em momentos de maior sobriedade. De fato, quando saímos desse estado de paixão, questionamos como pudemos ter feito tais coisas.
Quando a onda da emoção passa e voltamos ao mundo real, onde as diferenças são notórias, quantos de nós fizeram para si a pergunta: “Por que me casei? Não combinamos em nada!” No entanto, quando estávamos no auge da paixão, pensávamos que combinávamos em tudo — pelo menos, em tudo que era importante.
Isso significa que, por termos sido “fisgados” dentro da ilusão da paixão, encontramo-nos agora frente a duas opções: 1 — estamos destinados a uma vida miserável com nosso cônjuge, ou 2 —
devemos nos separar e tentar novamente? Nossa geração tem optado pela última decisão, ao passo que a anterior escolheu a primeira.

Antes de concluirmos automaticamente o fato de que fizemos a melhor escolha, devemos examinar os dados. Atualmente, 40% dos primeiros casamentos, nos Estados Unidos, terminam em divórcio; 60% dos segundos e 75% dos terceiros, também. Pelo que se pode ver, a perspectiva de um segundo e terceiro casamentos felizes, não é muito atingida.
As pesquisas realizadas parecem indicar que existe uma terceira e melhor alternativa: reconhecer que a paixão é o que é — um pico emocional temporário — e então desenvolver o amor verdadeiro com nosso cônjuge. Esse tipo de sentimento é de natureza emocional, mas não obsessivo. É o amor que une razão e emoção.

Envolve um ato da vontade e requer disciplina, pois reconhece a necessidade de um crescimento pessoal. Nossa necessidade emocional básica não é apaixonar-se, mas ser genuinamente amado
(a) pelo outro; é conhecer o amor que cresce com base na razão e na escolha e não no instinto. Preciso ser amado por alguém que escolheu me amar, que vê em mim algo digno de ser amado.
Esse tipo de amor requer esforço e disciplina. É a escolha que fazemos de gastar nossa energia em benefício da outra pessoa, sabendo que, se sua vida é enriquecida por nosso esforço, também
nos sentimos satisfeitos — a satisfação de termos realmente amado alguém. Não exige a euforia na experiência da paixão. Para falar a verdade, o amor verdadeiro não começa enquanto a experiência da paixão não tiver seguido seu curso.
Amor racional, volitivo, é o tipo de amor para o qual os sábios nos conclamam.
Não se deve levar em consideração os atos de bondade praticados por alguém que se encontre sob a influência da paixão obsessiva. Uma força instintiva impulsiona e suscita ações que vão além do comportamento normal. Porém, um retorno ao mundo real onde se inclui a escolha humana, permite optarmos por sermos gentis e generosos, o que é o amor verdadeiro.
A necessidade emocional de amor deve ser suprida se formos emocionalmente saudáveis. Adultos casados desejam sentir-se amados por seus cônjuges. Sentimo-nos seguros quando nossos companheiros aceitam-nos, desejam-nos e estão comprometidos com nosso bem-estar. Durante o estágio da paixão sentimos todas essas emoções. É fantástico enquanto dura. Nosso erro é achar que ela nunca acabará.
Essa obsessão, no entanto, não dura para sempre. Se equipararmos o casamento a um livro, poderemos compará-lo à introdução do mesmo. O âmago desta obra é o amor racional e volitivo. Esse é o tipo para o qual os sábios sempre nos conclamam.
E um amor intencional.

Essa é uma boa notícia aos casais que perderam seus sentimentos de paixão. Se o amor é uma opção, então eles possuem a capacidade de amar após a experiência da paixão haver passado e
regressarem ao mundo real. Esse tipo de amor inicia-se com uma atitude — o modo de pensar. Amor é a atitude que diz: “Sou casado (a) com você e escolho lutar pelos seus interesses!” Então, os que optam por amar encontrarão formas apropriadas para demonstrar essa decisão.
Alguém pode comentar: “Isso parece tão estéril! Amor como uma atitude e com um comportamento apropriado? Onde estão as estrelas cadentes e as fortes emoções? Onde ficam a ansiedade do encontro, a piscada de olho, a eletricidade do beijo e o entusiasmo do sexo? E a segurança emocional de se saber que ocupamos o primeiro lugar na mente da outra pessoa?”
Este livro é exatamente sobre isso. Como suprir as profundas necessidades de amor de uma pessoa? Se aprendermos e optarmos por isso, então o amor que compartilharmos tornar-se-á melhor do que qualquer coisa que possamos sentir enquanto dominados pela paixão.
Durante vários anos tenho compartilhado o conceito das cinco linguagens do amor em meus seminários e nas sessões de aconselhamento. Milhares de casais atestarão a validade do que você
descobrirá através desta leitura. Meus arquivos estão lotados de cartas de pessoas com quem nunca me encontrei, dizendo: “Um amigo meu me emprestou uma de suas fitas sobre ás linguagens do amor e sua mensagem revolucionou meu casamento. Tínhamos tentado há anos amar-nos, mas não conseguíamos. Agora que falamos as linguagens adequadas do amor, o clima emocional de nosso casamento tem melhorado muito!”
Quando o “tanque do amor” emocional de seu cônjuge está cheio e ele se sente seguro de seu amor, o mundo todo fica mais claro e ele caminha para atingir o mais alto potencial de sua vida. Porém, quando este “reservatório” está vazio e ele se sente usado e não amado, o mundo todo parecerá escuro e não conseguirá utilizar seu potencial de vida. Nos próximos cinco capítulos explicarei as cinco primeiras linguagens emocionais do amor e então, no de número 9, ilustrarei como descobri-las, pois podem tornar seu esforço de amar mais produtivo.

Fonte: As Cinco Linguagens do Amor

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Sol brilhando na minha janela!

Como habitualmente estávamos distantes um do outro geograficamente, todos os dias, ao acordar, e mesmo sem ele saber ou ouvir, eu dizia em alta voz: “Bom dia, meu amor! Que tenhamos um dia abençoado e produtivo!”.
Preciso achar o botão que desliga isso em mim, afinal, ao acordar, instintivamente, ele ainda me vem ao pensamento. É gente... eu realmente amei esse cara!
Hoje, Deus “acordou” cedinho e me disse “Bom dia, meu amor, que você tenha um dia produtivo e abençoado!”. Acordei, abri meio olho e o cantinho da minha cortina, quando exclamei: “Uau, Deus! Que nascer do sol M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O!”
Naquele momento de contemplação, tivemos um diálogo curto demais para o presente que acabara de receber, mas que me colocou nos lábios um sorriso incontido.
O dia promete! O sol voltou a brilhar na minha janela!

Cultivando o Amor que Agradece

Amor é o vocábulo mais importante em qualquer idioma — e também o que mais gera confusão! Pensadores, tanto seculares quanto religiosos, concordam que este sentimento ocupa um papel
central em nossa vida. Diz-se que “o amor é uma coisa esplendorosa” e “o amor faz o mundo girar”. Milhares de livros, músicas, revistas e filmes existem pela inspiração dessa palavra. Inúmeros sistemas filosóficos e teológicos estabeleceram um lugar de destaque para esse sentimento. E o fundador da fé cristã coloca o amor como a característica que deve distinguir seus seguidores.
Psicólogos concluíram que sentir-se amado é a principal necessidade do ser humano. Por amor, subimos montanhas, atravessamos mares, cruzamos desertos e enfrentamos todo tipo de adversidade. Sem amor, montanhas tornam-se insuperáveis, mares
intransponíveis, desertos insuportáveis e dificuldades avolumam-se pela vida afora. O apóstolo dos gentios, Paulo, exaltou o amor ao afirmar que qualquer ato humano não motivado por esse sentimento é em si vazio e sem significado. Concluiu que na última cena do drama humano, somente três características permanecerão: “fé, esperança e amor. Porém, a maior delas, é o amor”.
Se concordarmos que a palavra amor permeia a sociedade humana, tanto no passado, como no presente, devemos admitir que também é uma das mais confusas. Nós a utilizamos em milhares de formas. Dizemos: “Eu amo cachorro quente!” e, numa outra frase: “Eu amo minha mãe!” Nós a usamos para descrever atividades que apreciamos: nadar, patinar e caçar. Amamos objetos: comida, carros e casas. Amamos animais: cachorros, gatos e até tartarugas. Amamos a natureza: árvores, grama, flores e estações. Amamos pessoas: mãe, pai, filhos, esposas, maridos e amigos. Chegamos até a nos apaixonar pelo próprio amor.
Como se isso tudo não fosse suficientemente confuso, também usamos a palavra amor para explicar determinados comportamentos: “Agi dessa forma porque a amo”. Essa explicação muitas vezes é dada como desculpa. Um homem que se envolve em adultério chama esse relacionamento de amor. O pastor, por sua vez, chama-o de pecado. A esposa de um alcoólatra recolhe os “pedaços” após o último “episódio” de seu marido. Ela chama essa atitude de amor; os psiquiatras, porém, tratam-na como co-dependente. Um pai que atende a todos os desejos de seu filho também chama essa atitude de amor. Um terapeuta familiar chamaria de paternidade irresponsável. O que é um comportamento amoroso?
O propósito deste livro não é o de desfazer a confusão que gira em torno deste sublime sentimento, mas focalizar aquele tipo de amor que é essencial a nossa saúde emocional. Psicólogos infantis afirmam que toda criança possui necessidades emocionais básicas que devem ser supridas para que se possa atingir uma estabilidade emocional. Entre elas, nenhuma é tão essencial quanto o amor, a afeição e a necessidade de alguém sentir que pertence a outro e é
querido. Com um suprimento adequado de afeição, uma criança tornar-se-á um adulto responsável. Sem esse amor essencial, ele ou ela ficará emocional e socialmente atrofiado.
Logo que ouvi a metáfora que cito a seguir, gostei muito dela:
“Dentro de cada criança há um ‘tanque emocional’ esperando para ser cheio com o amor. Se ela se sentir amada, desenvolver-se-á normalmente; porém, se seu “tanque de amor” estiver vazio, ela apresentará muitas dificuldades. Diversos dos problemas de comportamento de uma criança provêm do fato de seu ‘tanque de amor’ estar vazio”. Essa metáfora foi dada pelo Dr. Ross Campbell, um psiquiatra que se especializou no tratamento de crianças e adolescentes.
Enquanto eu o ouvia falar, pensei nas centenas de pais que, em meu escritório, desfilavam as inúmeras reclamações sobre seus filhos. Até então, eu nunca pensara em uma criança daquelas como um “tanque de amor” vazio, mas sem dúvida via os resultados dessa situação. Os problemas de comportamento apresentados eram uma forma de procurar o amor que não recebiam. Eles buscavam o amor nos lugares e nas formas erradas.
Lembrei-me de Ashley que aos treze anos de idade cuidava de uma doença sexualmente transmissível. Seus pais estavam chocados. Ficaram “uma fera” com a filha e também muito bravos com a escola, a qual culpavam por ensinarem sobre sexo. “Por que é que ela teve de fazer o que fez?”, perguntavam.
No âmago da existência do ser humano encontra-se o desejo de intimidade e de ser amado. O casamento foi idealizado para suprir essas necessidades.
Em minha conversa com Ashley, ela me falou do divórcio de seus pais quando tinha apenas seis anos de idade. “Eu pensei que meu pai tinha ido embora porque não gostava de mim! Quando minha mãe casou-se novamente eu estava com dez anos de idade. Então pensei que ela já tinha quem a amasse, e eu não possuía ninguém. Eu desejava tanto ser amada por alguém! E então
conheci esse garoto lá na escola. Ele era bem mais velho, mas gostava de mim! Eu não conseguia acreditar! Ele era muito gentil comigo e, por um tempo, acreditei que ele realmente gostava de
mim. Eu não queria fazer sexo, mas desejava desesperadamente ser amada!”
O “tanque de amor” de Ashley ficou vazio durante muitos anos. Sua mãe e seu padrasto providenciavam tudo que ela necessitava em termos materiais, mas não perceberam a enorme
carência emocional que havia dentro dela. Eles certamente a amavam e achavam que ela se sentia amada por eles. Já era quase tarde demais quando descobriram que não falavam a primeira linguagem do amor de Ashley.
A necessidade de alguém ser amado emocionalmente, no entanto, não é uma característica unicamente infantil. Ela nos segue pela vida adulta; inclusive no casamento. Quando nos apaixonamos, temporariamente essa necessidade é suprida, mas ela se torna um “quebra-galho” e, como acabamos descobrindo mais tarde, com duração limitada e até prevista. Após despencarmos dos píncaros da paixão, a necessidade emocional de ser amado ressurge porque é inerente à nossa natureza. Está no centro de nossos desejos emocionais. Precisamos do amor antes de nos apaixonar e continuaremos a necessitar dele enquanto vivermos.
A necessidade de sermos amados por nosso cônjuge está na essência dos anseios conjugais. Recentemente certo cidadão me disse:
“De que adianta ter mansão, carros, casa na praia e tudo o mais, se sua esposa não o ama?!”
Dá para entender o que ele realmente desejava dizer? Era: “Mais do que tudo, eu desejo ser amado por minha esposa!”
As coisas materiais não podem substituir o amor humano e emocional. Uma esposa disse, certa vez: “Ele me ignora o dia inteirinho, mas à noite quer fazer sexo comigo. Eu odeio isso!”
Ela não odeia sexo, mas precisa desesperadamente do amor emocional.
Alguma coisa em nossa natureza clama por ser amado ou amada. O isolamento é devastador para a psique humana. E por esse motivo que o confinamento é considerado a mais cruel das punições.
No âmago da nossa existência há o íntimo desejo de sermos amados.
O casamento foi idealizado para atingir essa necessidade de intimidade e de amor. Por esse motivo os antigos registros bíblicos dizem que o homem e a mulher tornam-se uma só carne. Isso não significa que as pessoas perderão suas identidades; quer dizer que ambos entrarão nas vidas um do outro, de forma íntima e profunda.
O Novo Testamento desafia os maridos e as esposas a amarem-se mutuamente. De Platão a Peck os escritores têm enfatizado a importância do amor no casamento.
No entanto, esse amor que é tão importante, também é “escorregadio”. Tenho ouvido a confissão de muitos casais contando suas queixas secretas. Alguns chegam a mim porque a dor interior
tornou-se praticamente insuportável. Outros, porque percebem que o comportamento que assumem perante as falhas do cônjuge poderá levar o casamento à destruição. Há também os que simplesmente vêm para falar que não querem mais continuar casados. Seus sonhos
de “viverem felizes para sempre” espatifaram-se contra o duro muro da realidade. Repetidas vezes ouço as palavras: “Nosso amor terminou. O relacionamento morreu. Sentíamonos
próximos um do outro, mas agora isso não existe mais. Não apreciamos mais ficar juntos. Não nos completamos mais um ao outro.”
Essas histórias testificam que tanto os adultos como as crianças possuem “tanques de amor”.
Será que lá no interior de cada um desses casais machucados existe um indicador invisível de um “tanque” vazio? Será que esses comportamentos inadequados, separações, palavras duras e espírito crítico acontecem devido a esse “tanque” vazio? Se pudermos achar uma forma de enchê-lo, será que o casamento renasceria? O “tanque” cheio possibilitaria que os casais criassem um clima emocional onde seria possível discutir as diferenças e resolver os conflitos? Será que esse “tanque” é a chave para que um casamento perdure?
Essas perguntas levaram-me a uma longa viagem. Em plena estrada descobri os simples, porém poderosos pontos de vista registrados neste livro. Essa caminhada levou-me não somente através de mais de vinte anos de aconselhamento conjugai, mas também às mentes e corações de centenas de casais através da América do Norte. De Seattle a Miami, fui convidado a adentrar no recôndito do casamento de vários casais e conversamos francamente.
As histórias apresentadas neste livro foram retiradas da vida real.
Nomes e lugares foram trocados para proteger a privacidade das pessoas que falaram com toda a liberdade.
Estou convencido de que manter cheio o “tanque de amor” do casamento é tão importante quanto manter o nível do óleo em um automóvel. Levar um casamento com o “tanque de amor” vazio pode ser até mais difícil do que tentar dirigir um carro sem combustível. O que você descobrirá nesta obra tem o potencial para salvar milhares de casamentos, podendo também melhorar o clima emocional de um matrimônio que já esteja indo bem. Qualquer que seja a qualidade de seu casamento, sempre pode melhorar.
ADVERTÊNCIA: Compreender os cinco idiomas do amor e aprender a falar a primeira linguagem do amor de seu cônjuge pode alterar completamente o comportamento dele. As pessoas relacionam-se de forma diferente quando seu “tanque de amor” está cheio.
Antes de examinarmos as cinco linguagens do amor, precisamos abordar um outro importante, porém confuso fenômeno: A eufórica experiência de apaixonar-se.


Fonte: As Cinco Linguagens do Amor

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Aguentar firme!

Conselhos algumas vezes são bons, outras vezes nem tanto! Mas hoje ouvi um que realmente vale a pena compartilhar com vocês aqui!
Começaram a me contar que quando uma gestante entra em trabalho de parto o conselho que recebe é para que relaxe. Os médicos sabem que quanto mais a gestante resistir à dor, mais intensa ela se tornará, e mais tempo o parto levará.
"Silvia, quanto mais se resiste à dor, mais forte ela se torna. Portanto, quando estiver sentindo dor, não lute contra ela. Deixe a dor cumprir o seu propósito. Aprenda a suportar seja o que for que precisar suportar, sabendo que encontrará a alegria do outro lado!"


"Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão!"

As Cinco Linguagens do Amor

Os próximos posts serão do livro "As Cinco Linguagens do Amor", de Gary Chapman. Fiz esta leitura há alguns anos, e acho oportuno colocá-lo aqui. É importante saber amar o outro na linguagem que ele "fala" o amor e receber o amor na nossa linguagem.
É salutar, também, em qualquer relação entender e respeitar as diferenças do outro... tolerância... E uma coisa que jamais pode faltar, além do amor, é o respeito.
Sinceramente, espero que eu não estejaa falando a minha linguagem do amor em aramaico...
Com vocês: "As Cinco Linguagens do Amor" .

1. O que Acontece com o Amor Após o Casamento?

Estávamos por volta de uns 12 mil metros de altitude, em algum lugar entre Buffalo e Dallas, quando o meu companheiro de viagem colocou a revista que lia na bolsa de seu banco, olhou em minha direção e perguntou:
— Que tipo de trabalho você faz?
— Sou conselheiro conjugal e dou seminários na área de
família — respondi.
Ele me disse então que há muito tempo gostaria de fazer uma pergunta para um conselheiro conjugal, e aproveitaria para formulá-la a mim, naquela hora. E perguntou:
— O que acontece com o amor após o casamento? Desistindo de tentar tirar um cochilo, perguntei-lhe:
— O que exatamente você quer dizer?
— Bem, já me casei três vezes e em cada uma delas tudo era muito bonito até o enlace matrimonial. Em algum lugar, depois do sim, as coisas mudavam. Todo amor que eu imaginava que tinha por elas, e todo amor que elas pareciam ter por mim, evaporavam-se.
Posso dizer que sou uma pessoa inteligente. Sou um empresário bemsucedido nos meus negócios, mas não consigo entender o porquê dessa situação.
Continuamos, então, a conversar:
— Quanto tempo você ficou casado?
— O primeiro casamento durou cerca de dez anos. O segundo, três, e o último, seis anos.
— O amor evaporou-se imediatamente após o casamento, ou foi uma perda gradual?
— Bem, o segundo casamento já não deu certo desde o começo. Não entendi o que aconteceu. Pensei que nós realmente nos amávamos! No entanto, a lua-de-mel foi um desastre e depois disso jamais nos recuperamos. Tivemos um período de seis meses de namoro, um romance arrebatador. Estávamos realmente entusiasmados. Mas... foi só nos casarmos, para que nossa vida virasse uma batalha sem trégua. No primeiro casamento, tivemos uns três ou quatro anos bons, antes que o primeiro filho nascesse. Daí em diante ela deu toda sua atenção para a criança e parecia que não precisava mais de mim!
— Você disse isso a ela?
— Disse sim! Mas ela respondeu que eu estava maluco e não compreendia o que era ser uma babá 24 horas por dia. Reclamou, inclusive, que eu deveria ser mais compreensivo e ajudá-la mais. Eu tentei, mas parecia que não fazia diferença alguma. Daquela época em diante afastamo-nos ainda mais. Depois de certo tempo não havia mais amor, só indiferença. Concordamos que o nosso casamento se acabara.
— E seu último casamento?
— O meu último casamento? Eu realmente pensei que ele seria diferente! Já estava divorciado há três anos. Namorei 24 meses com minha esposa. Achei que realmente sabíamos o que fazíamos e pela primeira vez na vida senti que realmente amava alguém. Pensei que ela me amasse de verdade!
Ele prosseguiu:
— Acredito que jamais mudei depois do casamento. Continuei a dizer-lhe que a amava, da mesma forma que fazia antes de nos casarmos. Declarava o quanto ela era bonita e como estava orgulhoso de ser seu marido. Porém... apenas alguns meses após o casamento ela começou a reclamar. No início era de coisas pequenas, tais como o fato de eu não levar o lixo para fora ou não guardar minhas roupas. Depois, começou a agredir o meu caráter, ao dizer-me que não podia
confiar em mim e acusou-me de ser-lhe infiel. Tornou-se totalmente negativista. Antes de nos casarmos ela nunca fora pessimista; pelo contrário, era uma das pessoas mais otimistas que já conheci. E essa foi uma das características que mais me atraiu nela. Ela jamais reclamava de alguma coisa. Tudo que eu fazia era maravilhoso. Bastou casarmo-nos, para que de repente eu não fizesse mais nada certo! Então gradativamente perdi meu amor por ela e fiquei magoado. Era óbvio que ela não me amava mais. Concordamos que não havia mais motivo para continuarmos juntos e nos separamos.
Ele fez uma pausa e continuou:
— Isso foi há um ano. Minha pergunta, então, é: O que acontece com o amor após o casamento? Minha experiência é algo comum? É por isso que temos tantos divórcios? Não dá para acreditar que isso tenha acontecido três vezes comigo! E aqueles que não se separam? Eles aprendem a viver com o vazio em seus corações, ou o amor permanece vivo em algum casamento? Se isso sucede, como é que acontece?
As perguntas feitas por meu companheiro de voo são as mesmas realizadas hoje em dia por milhares de pessoas, sejam casadas ou divorciadas. Algumas são dirigidas a amigos, outras a conselheiros, a pastores, e outras apenas a si mesmos. Algumas respostas são dadas em vocabulário técnico de psicologia, e são simplesmente incompreensíveis. Outras vezes são levadas para o lado do humor. A maioria das piadas e frases contém alguma verdade, mas, de forma geral, é como oferecer aspirina a uma pessoa com câncer.
O desejo de ter-se um amor romântico no casamento está profundamente enraizado em nossa formação psicológica. A maioria das revistas populares possui pelo menos um artigo sobre como
manter o amor vivo no casamento. Há uma infinidade de livros escritos sobre o mesmo tema. Televisão e rádio abordam esse assunto em programas e entrevistas. Manter o amor aceso em nossos casamentos é um assunto muito sério.
Mesmo com tantos livros, revistas e ajuda disponível, por que aparentemente tão poucos casais parecem ter descoberto o segredo de manter vivo o amor após o casamento? Por que um casal que assiste a um curso de comunicação e ouve as maravilhosas idéias de como melhorar o diálogo, volta para casa e não consegue colocar em prática os exercícios aprendidos? O que acontece, se depois de lermos um artigo do tipo “100 Formas de Expressar Amor a Seu Cônjuge” e colocarmos em prática umas três formas, que nos parecem mais adequadas, nosso cônjuge ainda assim não reconhece nosso esforço? — Desistimos das outras 97 formas e retornamos ao
cotidiano de nossas vidas.
Devemos estar dispostos a aprender a primeira linguagem do amor de nossos cônjuges, se quisermos comunicar o amor de forma efetiva.
A resposta às perguntas anteriores é o propósito desta obra.
Não desejo afirmar que todos os livros e artigos já publicados não ajudem. O problema é que não levamos em conta uma verdade fundamental: As pessoas falam diferentes linguagens do amor.
Na área da linguística há alguns grandes grupos de idiomas: japonês, chinês, espanhol, inglês, português, grego, alemão, francês e outros. A maioria de nós aprende somente a língua de nossos pais e irmãos, nossa primeira linguagem, ou seja, nosso vernáculo. Mais tarde, podemos até aprender outros idiomas, mas em geral com mais dificuldade. Então surge o que chamamos de nossa segunda linguagem. Falamos e compreendemos melhor nossa língua nativa. Sentimo-nos mais confortáveis ao falá-la.
Mas quanto mais utilizarmos uma língua secundária, mais à vontade nos sentiremos para expressá-la. Se falarmos somente nosso idioma, e encontrarmos alguém que também só fale o seu (diferente do nosso), a comunicação entre nós será bem limitada. Será necessário apontar, murmurar, desenhar ou fazer mímica para comunicar a ideia que desejamos transmitir. Poderemos até nos entender, mas será uma comunicação bem rudimentar. As diferenças de linguagem fazem parte da cultura humana. Se quisermos ter um bom intercâmbio cultural, será necessário aprendermos a linguagem daquele com quem desejamos nos comunicar.
O mesmo acontece no âmbito do amor. Sua linguagem emocional e a de seu cônjuge podem ser tão diferentes quanto é o idioma chinês do inglês. Não importa o tanto que você se esforce para manifestar seu amor em inglês, se seu cônjuge só entende chinês; jamais conseguirão entender o quanto se amam.
O meu amigo do avião usava a linguagem das “palavras de afirmação” para sua terceira esposa quando disse a ela o quanto a achava bonita, o quanto a amava e o quanto se orgulhava de ser seu marido. Ele utilizava a linguagem do amor, e era sincero, mas ela não a entendia. Talvez ela procurasse o amor em seu comportamento, mas não o encontrou. Ser sincero não é o suficiente. Devemos estar dispostos a aprender a primeira linguagem de nosso cônjuge, se quisermos comunicar eficazmente o nosso amor.
Minha conclusão, após vinte anos de aconselhamento conjugai, é que existem, basicamente, cinco linguagens do amor. Em linguística, um idioma pode ter inúmeros dialetos e variações. Semelhantemente, com as cinco linguagens emocionais básicas do amor, também há vários dialetos. O número de formas de se expressar amor através da linguagem do amor é limitado apenas pela imaginação das pessoas. O mais importante é falar a mesma linguagem do amor de seu cônjuge.
Já se sabe há bastante tempo que no período da primeira infância uma criança desenvolve formas emocionais únicas. Por exemplo, há algumas que possuem um padrão muito baixo de autoestima, ao passo que outras o têm muito elevado. Algumas desenvolvem padrões de insegurança, enquanto outras crescem sentindo-se seguras. Algumas se sentem amadas, queridas e apreciadas, e outras, mal-amadas, incompreendidas e desapreciadas.
As crianças que se sentem amadas por seus pais e amigos desenvolvem a linguagem do amor emocional, com base em sua formação psicológica única e também de acordo com a forma que
seus pais e outras pessoas próximas lhe deram carinho. Elas falarão e entenderão sua primeira linguagem do amor. Mais tarde elas poderão aprender outras línguas para se comunicarem, mas sempre se sentirão mais confortáveis com o primeiro idioma que aprenderam. Crianças que não se sentem amadas por seus pais e amigos também desenvolverão uma primeira linguagem do amor.
O aprendizado dessa língua, porém, será distorcido e apresentará defeitos da mesma forma que alguém que recebe uma educação com falhas na gramática e desenvolve um vocabulário limitado. Essa limitação não significa que essas pessoas não venham a ser boas comunicadoras. Implica, sim, que terão de trabalhar mais diligentemente do que os que cresceram na atmosfera do amor saudável.
É muito raro que marido e mulher tenham a mesma primeira linguagem emocional do amor. Nossa tendência é falar nossas primeiras linguagens do amor e ficamos confusos quando nosso
cônjuge não compreende o que desejamos comunicar. Expressamos nosso amor, mas a mensagem não chega compreensível porque, para eles, o que falamos é uma língua desconhecida. Aí se encontra o problema. O propósito deste livro é oferecer uma solução para esta questão. Por isso me empenhei em escrever esta obra sobre o amor. Uma vez que conheçamos as cinco linguagens básicas do amor e compreendamos a nossa própria, como também a de nosso cônjuge,
então teremos a informação necessária para que coloquemos em prática as ideias dos outros livros e artigos.
Desde que você identifique e aprenda a falar a primeira linguagem do amor de seu cônjuge, creio que terá descoberto a chave para um amor conjugai duradouro. O amor não pode evaporar-se após o casamento! Para mantê-lo vivo, a maioria de nós terá de aprender uma segunda linguagem do amor. Não podemos confiar somente em nossa língua pátria, se nosso cônjuge não a compreende.
Se quisermos que ele compreenda o amor que lhe desejamos comunicar, devemos expressá-lo na primeira linguagem do amor.
Fonte: As Cinco Linguagens do Amor

Vamos lá... ZzzzzZZZZzzzzzZZZZzzzz

Ah... as insônias... logo eu que amo dormir e que dormia com a maior facilidade do mundo, me encontro agora, refém de noites em claro!
O relógio vai passando, marcando o tempo e o desespero por não conseguir dormir angustiam... o lençol sai do lugar, a janela já foi aberta, já foi fechada, aberta novamente e o travesseiro esbofeteado um zilhão de vezes para ver se fica em um formato anatômico e confortável. Afastei meu cabelos da nuca, tomei remédio para dormir, suco de maracujá e nada... nada...
Com o sono vão-se meus cabelos escuros, meu bom humor, meu rosto sem olheiras e minha atenção amanhã...
Como é mesmo aquela história de contar carneirinhos? Um carneirinho... dois carneirinhos, três carneirinhos, quatro carneirinhos, cinco carneirinhos, seis carneirinhos, sete carneirinhos, oito carneirinhos, nove carneirinhos, dez carneirinhos, onze carneirinhos, doze carneirinhos, treze carneirinhos, quatorze...
Na época do término da minha monografia, tomava energético e dormia depois de trinta minutos... será que vai funcionar? Para ficar acordada durante uma madrugada, no hospital, tomei dois copos com café preto, uma latinha de Coca-Cola, um Red Bull e capotei em menos de uma hora.
A noite tem um som diferente e tudo, absolutamente tudo me chama a atenção quando quero muito dormir... o trem passa perto de casa e aquela buzinha é tocada com maior intensidade; os carros freiam com vontade de me acordar ou melhor, de não me deixar dormir; as pessoas se despedem e aqui do sexto andar consigo ouvir o tchau e a batida da porta; ouço os caminhões passando sob o viaduto e um viajante andando pela rua com sua mala de rodinhas...
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah... eu quero dormir...
Psiiiiiiiiiiiiiiiiu... Curitiba... fica queitinha, fica!