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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

De qualquer jeito

Estranhei que a minha mulher estava rindo das minhas piadas. Ela tem um humor diferente do meu.

Estranhei que eu e a minha mulher não discutíamos por qualquer coisa, por qualquer palavra, era uma paz sem tamanho.

Estranhei que um ouvia o outro sem interromper com novas cobranças.

Estranhei que ela aceitava minha irreverência, meus escândalos, meus dramas, minha ansiedade, minha mania de falar as novidades a cada quinze minutos.

Estranhei muito, tive que perguntar:
- O que aconteceu que o meu temperamento não vem mais lhe irritando?

Então, ela me deu a maior declaração de amor que já recebi na vida:
- Antes eu lhe queria do meu jeito, agora eu lhe quero de qualquer jeito.


Fabrício Carpinejar

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Palavras cruzadas




"Casal quando se ama
 vive fazendo 
palavras cruzadas 
em qualquer conversa."

Fabrício Carpinejar

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Tem gente que ama amar, mas odeia ser amado

Ame por dois, mas nunca pelos dois.

De repente o outro não é frio ou indiferente, é você que não para de inventar presente e ele não tem nem tempo para responder.

O exagero estraga a espontaneidade.

Dê chance para sua companhia demonstrar amor: não ocupe todo o espaço do relacionamento para agradar.

Fique uns dias sem juras, sem mimos, sem flores, sem bilhetes.

Deixe o outro responder antes de fazer uma nova surpresa.

Quando o carinho é demais e toda hora, há o risco do presenteado se sentir endividado, péssimo, menos, sufocado, sem poder retribuir as delicadezas.

A receita é não querer ser melhor do que o outro, mas ser melhor para o outro.



Fabrício Carpinejar

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

A importância de uma carta

Há gente que nunca recebeu uma carta - acho uma pena. É lindo. É um suspense. Carta está lacrada, precisa abrir sem rasgar o conteúdo, traz aquela sensação do destinatário ser especial, exclusivo de alguém. Como não tem assunto como o e-mail, reforça a curiosidade e a nossa importância de fazer segredo.

Além disso, a carta é quando dedicamos o nosso tempo a alguém. Não há maior declaração de amor do que perder tempo para uma pessoa. É escrever várias vezes até não errar mais, jogar rascunhos fora, definir a melhor frase, caprichar na letra, comprar envelope, ir no correio, selar a correspondência, procurar o CEP.

Tenho pena de quem nunca mandou uma carta. Não viveu aquela ansiedade feliz de esperar para descobrir se a pessoa gostou daquilo que foi escrito. Este intervalo é fundamental para imaginar o outro, sonhar com o outro, amar o outro.

Fabrício Carpinejar

sábado, 12 de setembro de 2015

Bilhetes pelo caminho

"Sra. Silvia. Eu me chamo Marilu." Assim começava um carinhoso bilhete que eu encontrei de baixo da porta do meu apartamento quando cheguei do trabalho. Fazia dois dias que eu morava no prédio e o papel era de apresentação da minha vizinha do apartamento 24. Era lá que o carteiro deixava as minhas correspondências. Havíamos combinado que se houvesse alguma coisa para mim, ela dava um toque no meu celular e desligava. Se precisasse falar comigo, ligaria duas vezes. Conversávamos à porta, às vezes por horas. Trocávamos gentilezas de vizinhas. Quando fazia bolo, levava para ela e quando completei um ano morando no prédio ela me presenteou com um par de meias que confeccionou para mim. Deixava bilhetinhos debaixo da minha porta com frequência e demonstrava preocupação comigo. Acredite, isso é muito raro vivenciar em uma capital.
Hoje, ao chegar do trabalho, um triste bilhete à porta do prédio avisava que a moradora do apartamento 24 havia partido... Aos seus, o meu carinho!‪#‎luto‬



sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Vamos voar?

Que eu e você possamos olhar as coisas simples da vida, nos encantamos com elas! Acredito que este é o segredo da felicidade!