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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Quando o amor acaba


Simplesmente inspiradora a entrevista com a psicóloga Lígia Guerra ao Bom Dia Paraná, no dia 22/11/12.

"Você provavelmente conhece esta música do cantor e compositor Cazuza... "pra mentir, fingir que perdoou...tentar ficar amigos, sem rancor...a emoção acabou...!"
Era o poeta descrevendo o fim de uma relacionamento.

"O amor cessou, mas a história continua... De um outro jeito, com um outro formato, construindo novas pessoas e sentimentos. Nada foi perdido, basta ter olhos atentos para enxergar a lição." (Lígia Guerra)




domingo, 18 de novembro de 2012

Venha, por favor


Carpinejar é um escritor que admiro muito por sua sensibilidade em descrever sentimentos,verdades e tornar o cotidiano e até a dor em poesia.
E é assim com esta crônica... Com vocês... "Venha. por favor", de Fabrício Carpinejar:

Eu espero alguém que não desista de mim mesmo quando já não tem interesse. 
Espero alguém que não me torture com promessas de envelhecer comigo, que realmente envelheça comigo. 
Espero alguém que se orgulhe do que escrevo, que me faça ser mais amigo dos meus amigos e mais irmão dos meus irmãos. 
Espero alguém que não tenha medo do escândalo, mas tenha medo da indiferença. 
Espero alguém que ponha bilhetinhos dentro daqueles livros que vou ler até o fim. 
Espero alguém que se arrependa rápido de suas grosserias e me perdoe sem querer.
Espero alguém que me avise que estou repetindo a roupa na semana. 
Espero alguém que nunca abandone a conversa quando não sei mais falar. Espero alguém que, nos jantares entre os amigos, dispute comigo para contar primeiro como nos conhecemos. 
Espero alguém que goste de dirigir para nos revezarmos em longas viagens.
Espero alguém disposto a conferir se a porta está fechada e o café desligado, se meu rosto está aborrecido ou esperançoso. 
Espero alguém que prove que amar não é contrato, que o amor não termina com nossos erros. 
Espero alguém que não se irrite com a minha ansiedade. 
Espero alguém que possa criar toda uma linguagem cifrada para que ninguém nos recrimine. 
Espero alguém que arrume ingressos de teatro de repente, que me sequestre ao cinema, que cheire meu corpo suado como se ainda fosse perfume. 
Espero alguém que não largue as mãos dadas nem para coçar o rosto. 
Espero alguém que me olhe demoradamente quando estou distraído, que me telefone para narrar como foi seu dia. 
Espero alguém que procure um espaço acolchoado em meu peito. 
Espero alguém que minta que cozinha e só diga a verdade depois que comi. Espero alguém que leia uma notícia, veja que haverá um show de minha banda predileta, e corra para me adiantar por e-mail. 
Espero alguém que ame meus filhos como se estivesse reencontrando minha infância e adolescência fora de mim. 
Espero alguém que fique me chamando para dormir, que fique me chamando para despertar, que não precise me chamar para amar. 
Espero alguém com uma vocação pela metade, uma frustração antiga, um desejo de ser algo que não se cumpriu, uma melancolia discreta, para nunca ser prepotente. 
Espero alguém que tenha uma risada tão bonita que terei sempre vontade de ser engraçado. 
Espero alguém que comente sua dor com respeito e ouça minha dor com interesse. 
Espero alguém que prepare minha festa de aniversário em segredo e crie conspiração dos amigos para me ajudar. 
Espero alguém que pinte o muro onde passo, que não se perturbe com o que as pessoas pensam a nosso respeito. 
Espero alguém que vire cínico no desespero e doce na tristeza. 
Espero alguém que curta o domingo em casa, acordar tarde e andar de chinelos, e que me pergunte o tempo antes de olhar para as janelas. 
Espero alguém que me ensine a me amar porque a separação apenas vem me ensinando a me destruir. 
Espero alguém que tenha pressa de mim, eternidade de mim, que chegue logo, que apareça hoje, que largue o casaco no sofá e não seja educado a ponto de estendê-lo no cabide. 
Espero encontrar uma mulher que me torne novamente necessário.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Novos laços

Sim... criar novos laços é  possível! Desfazer os nós são necessários e eles são desfeitos quando há o desejo para que isso aconteça e com a total ruptura de ligações.
Em um momento de dor romper com os familiares do ex que te servem como suporte não é tarefa fácil, mas necessária. Manter contato alimenta esperança, a curiosidade e a dor do rompimento. Por isso apague definitivamente qualquer telefone, contato, bloqueie em todas as redes sociais e mantenha-se firme... ausentar-se  é  salutar, acredite!
Uma das minhas maiores dificuldades em aceitar o rompimento do noivado foi o rompimento da amizade. De três anos de namoro e noivado não restauram nem carinho, nem amizade...
Foi preciso desistir de sonhos a dois, esvaziar-me de qualquer sentimento positivo ou não e liberar perdão para que um novo amor fosse possível. Erroneamente eu pensava que jamais conseguiria criar um novo laço com as inúmeras cicatrizes que ainda carregava na alma. Mas felizmente eu estava errada e um novo amor aconteceu, resultado de uma amizade sincera. Nada melhor do que ser amada e amar um grande amigo, ser enlaçada pelo amor familiar e voltar a sonhar.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

#fato

‎"Aos poucos a vida vai me mostrando por quem eu devo lutar e de quem eu devo desistir."

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Quando o "mais-que-perfeito" acaba

O chão parece sumir sob seus pés. Um turbilhão de sentimentos tão fortes quase impede a respiração. Angústia, tristeza, raiva, medo, culpa. Tudo o que você mais quer é que pare de doer. Mas a dor continua lá, implacável, lembrando a cada instante que seus sonhos desmoronaram, seus planos precisam mudar, que o “nós” virou “eu”.

Não há fórmula mágica para “sobreviver” ao fim de um relacionamento amoroso. O ponto em que os psicólogos são unânimes é que o luto precisa ser vivido, seja qual for sua intensidade. E há diferenças, dependendo do modo como acaba.

Conforme a psicóloga e terapeuta de casais Solange Maria Rosset, quando os envolvidos compreendem e concordam que a relação chegou ao fim, existe a sensação de perder algo bom, mas também a de levar algo, do aprendizado. Nesse caso, o rompimento é mais tranquilo. “É só uma questão de tempo, de lidar com o luto da perda da relação”, afirma a psicóloga.