Também no Facebook

segunda-feira, 12 de março de 2012

Para viver em paz, perdoar é preciso


Saber perdoar a si mesmo e a quem nos fez mal pode não ser fácil. Mas é um ato necessário para se libertar de rancores, evitar doenças e tocar a vida adiante

Você pode começar enchendo os bolsos de pedras. Depois, pode colocar outras dentro de roupas íntimas e no interior de um chapéu ou boné. Por fim, recheie de pedregulhos uma mochila grande, que será carregada nas costas até o fim do dia. Para muitos essa sensação será equivalente ao peso trazido na alma pelas mágoas acumuladas ao longo da vida.

Mágoas que poderiam ser dispensadas, como as tais pedras, com o difícil – mas necessário – exercício do perdão. O desenvolvimento de vários problemas psíquicos (como depressão) e físicos (como doenças autoimunes) estaria ligado a esse acúmulo de ressentimentos, diz a psicóloga e terapeuta familiar sistêmica Daniela Bertoncello. “Recordo-me de uma cliente que se deprimiu por conta de uma rejeição dos pais na infância. Na vida adulta, quando ela se tornou mãe e teve de lidar com seu papel materno, veio à tona todo o conflito, um quadro da depressão e a necessidade de perdoar seus pais”, conta.

De bem com a consciência
Tão importante quanto perdoar é tomar a iniciativa de pedir perdão, algo que muitos não fazem por uma questão de orgulho. “Eu perdoo, mas confesso que tenho dificuldades de pedir perdão. Talvez seja receio de mostrar a minha fraqueza diante do outro”, reconhece o segurança de lojas Almir Cunha.

Diferente de Almir, o auxiliar jurídico Maurício Filoco garante que não pensa duas vezes em pedir perdão quando percebe que errou. Depois de fazer a ex-mulher sofrer com uma traição, ele também penou com o peso da culpa. “Foi duro, porque eu larguei a mulher com quem estava casado para ficar com outra que teve um filho meu. Foi um ato impulsivo e, no fim, percebi que eu amava realmente a minha primeira mulher. Só que ela acabou casando novamente e eu fiquei solteiro”, conta.

quinta-feira, 8 de março de 2012