"Sra. Silvia. Eu me chamo Marilu." Assim começava um carinhoso bilhete que eu encontrei de baixo da porta do meu apartamento quando cheguei do trabalho. Fazia dois dias que eu morava no prédio e o papel era de apresentação da minha vizinha do apartamento 24. Era lá que o carteiro deixava as minhas correspondências. Havíamos combinado que se houvesse alguma coisa para mim, ela dava um toque no meu celular e desligava. Se precisasse falar comigo, ligaria duas vezes. Conversávamos à porta, às vezes por horas. Trocávamos gentilezas de vizinhas. Quando fazia bolo, levava para ela e quando completei um ano morando no prédio ela me presenteou com um par de meias que confeccionou para mim. Deixava bilhetinhos debaixo da minha porta com frequência e demonstrava preocupação comigo. Acredite, isso é muito raro vivenciar em uma capital.Hoje, ao chegar do trabalho, um triste bilhete à porta do prédio avisava que a moradora do apartamento 24 havia partido... Aos seus, o meu carinho!#luto
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