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sábado, 12 de setembro de 2015

Bilhetes pelo caminho

"Sra. Silvia. Eu me chamo Marilu." Assim começava um carinhoso bilhete que eu encontrei de baixo da porta do meu apartamento quando cheguei do trabalho. Fazia dois dias que eu morava no prédio e o papel era de apresentação da minha vizinha do apartamento 24. Era lá que o carteiro deixava as minhas correspondências. Havíamos combinado que se houvesse alguma coisa para mim, ela dava um toque no meu celular e desligava. Se precisasse falar comigo, ligaria duas vezes. Conversávamos à porta, às vezes por horas. Trocávamos gentilezas de vizinhas. Quando fazia bolo, levava para ela e quando completei um ano morando no prédio ela me presenteou com um par de meias que confeccionou para mim. Deixava bilhetinhos debaixo da minha porta com frequência e demonstrava preocupação comigo. Acredite, isso é muito raro vivenciar em uma capital.
Hoje, ao chegar do trabalho, um triste bilhete à porta do prédio avisava que a moradora do apartamento 24 havia partido... Aos seus, o meu carinho!‪#‎luto‬



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