Costumeiramente, ele deitava em meu colo e ao fazer carinho em seu rosto, eu fechava os meus olhos e contornava sua face com meu dedo, como se o desenhasse. Ao ser questionada sobre o que estava fazendo, dizia que estava desenhando seu rosto na minha memória, para buscá-lo sempre que a saudade surgisse.
E a dona saudade me tem sido implacável e cruel, trazendo-me à memória, durante diversas vezes ao dia, aquele rosto que tanto amei. Não é preciso esforço para me lembrar de você e, consequentemente, do motivo que me levou a tatuá-lo na minha cabeça (leia-se coração).
Ao procurar por especialistas em ‘apagar’ tatuagens, fui alertada que o processo pode demorar, talvez nem tudo seja extinto. Trata-se de um tratamento doloroso, bem diferente dos momentos doces em que o tatuei por livre e espontânea vontade.
E aí... vem o Oswaldo, o Montenegro, e canta ao pé do meu ouvido... “Mesmo que você impeça, o Sol vai brilhar e a dor vai passar!”
Ela vai passar!
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