Ah... as insônias... logo eu que amo dormir e que dormia com a maior facilidade do mundo, me encontro agora, refém de noites em claro!O relógio vai passando, marcando o tempo e o desespero por não conseguir dormir angustiam... o lençol sai do lugar, a janela já foi aberta, já foi fechada, aberta novamente e o travesseiro esbofeteado um zilhão de vezes para ver se fica em um formato anatômico e confortável. Afastei meu cabelos da nuca, tomei remédio para dormir, suco de maracujá e nada... nada...
Com o sono vão-se meus cabelos escuros, meu bom humor, meu rosto sem olheiras e minha atenção amanhã...
Como é mesmo aquela história de contar carneirinhos? Um carneirinho... dois carneirinhos, três carneirinhos, quatro carneirinhos, cinco carneirinhos, seis carneirinhos, sete carneirinhos, oito carneirinhos, nove carneirinhos, dez carneirinhos, onze carneirinhos, doze carneirinhos, treze carneirinhos, quatorze...
Na época do término da minha monografia, tomava energético e dormia depois de trinta minutos... será que vai funcionar? Para ficar acordada durante uma madrugada, no hospital, tomei dois copos com café preto, uma latinha de Coca-Cola, um Red Bull e capotei em menos de uma hora.
A noite tem um som diferente e tudo, absolutamente tudo me chama a atenção quando quero muito dormir... o trem passa perto de casa e aquela buzinha é tocada com maior intensidade; os carros freiam com vontade de me acordar ou melhor, de não me deixar dormir; as pessoas se despedem e aqui do sexto andar consigo ouvir o tchau e a batida da porta; ouço os caminhões passando sob o viaduto e um viajante andando pela rua com sua mala de rodinhas...
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah... eu quero dormir...
Psiiiiiiiiiiiiiiiiu... Curitiba... fica queitinha, fica!
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