Se soubesse, amor, quanto eu quisera ser
a doce companheira, indulgente e querida,
que enchesse de alegria o vácuo de tua vida
com seu alcandorado afeto de mulher...
Com que solicitude ardente e comovida
minha ternura havia de aprender
a apagar de teu rosto os traços de sofrer,
a afastar de tu′alma a dor imerecida!
Eu desejaria ser a meiga feiticeira
que transformasse em luz a tua vida inteira,
concretizando o teu ideal de sonhador.
Mas, em teu coração outra mulher impera...
No encantado jardim do reino da quimera,
floriu tarde demais o meu sonho de amor.
HELENA KOLODY
In Sempre Poesia, 1994
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