O aprendizado da linguagem do amor “Formas de Servir” implica que examinemos nossos estereótipos dos papéis de esposo e esposa. Mark fazia o que a maioria de nós, maridos, realiza normalmente. Seguia o modelo dos papéis assumidos pelos pais.Porém, nem isso ele realizava direito. Seu pai lavava o carro e cortava a grama. Mark não fazia nada disso, mas essa era a imagem mental que ele tinha a respeito do que um marido deveria realizar.
Não resta a menor dúvida de que ele não se via limpando a casa nem trocando as fraldas do bebê. Ainda bem que ele teve boa vontade em quebrar seu estereótipo ao perceber como essas coisas eram importantes para Mary. Isso será necessário para todos nós se a primeira linguagem do amor de nossos cônjuges solicitar algo que pareça inadequado a nosso papel.
Devido às mudanças sociológicas dos últimos trinta anos, não há mais um estereótipo comum dos papéis do esposo e da esposa na sociedade moderna. Isso não significa, contudo, que todos os estereótipos tenham desaparecido, mas que o número deles multiplicou. Antes da era da televisão, a imagem que as pessoas tinham de um esposo e de uma esposa e de como deveria ser esse relacionamento, era primeiramente influenciada pelos próprios pais.
Com a invasão da televisão e com a proliferação da separação dos casais, o modelo desses papéis tornou-se grandemente influenciado por forças de fora do lar. Sejam quais forem suas percepções a respeito, é muito provável que seu cônjuge possua expectativas diferentes a respeito dos papéis conjugais. E necessário “vontade política” para examinar e mudar estereótipos, e assim expressar amor de forma mais efetiva. Lembre-se, não há recompensas para se manter esses estereótipos; por outro lado, há benefícios tremendos em atender às necessidades emocionais de seu cônjuge.
Bem recentemente, uma esposa me disse:
— Dr. Chapman, vou mandar todos meus amigos assistirem a seu seminário!
E eu, então, lhe perguntei:
— Por que você fará isso?
— Porque meu casamento mudou radicalmente. Antes do seminário, Bob nunca me ajudava em nada. Nós dois começamos nossas carreiras após a faculdade, mas sempre coube a eu fazer tudo em casa. Era como se nunca tivesse passado pela cabeça dele realizar alguma coisa. Depois do seminário ele começou a me perguntar de que forma poderia me ajudar. Eu fiquei maravilhada! No início, nem acreditava que fosse verdade, mas essa postura tem persistido já por três semanas. Ela suspirou profundamente e continuou:
— Tenho de admitir que houve situações cômicas, no percurso destas três semanas, porque ele não sabia fazer nada! A primeira vez em que colocou a roupa para lavar, ao invés de usar o detergente diluído, colocou o alvejante. Nossas toalhas azuis ganharam “lindas” bolas brancas. Depois, chegou a hora de ele utilizar pela primeira vez nosso triturador de lixo. Pareceu estranho quando começou a sair espuma de sabão na pia ao lado. Nós paramos o processo, e depois de desligar a máquina coloquei minha mão na abertura do aparelho.
Tirei dali um quarto de um pedaço de sabão em barra que antes daquela aventura estava inteirinho. Mas ele me amava de acordo com a minha linguagem e meu “tanque do amor” enchia-se gradativamente! Agora ele já sabe fazer de tudo em casa e ajuda-me muito. Temos, também, bons momentos juntos porque não preciso trabalhar o tempo todo. E, “pode crer”, também aprendi a linguagem dele e mantenho seu “tanque” cheio.
— Foi assim tão simples?
Simples? Sim. Fácil? Não. Bob teve de trabalhar duro para quebrar o estereótipo com o qual convivera durante trinta e cinco anos. Não foi do “dia para a noite”, mas ele com certeza poderá dizer que aprender a primeira linguagem do amor de sua esposa e decidir-se por utilizá-la fez uma diferença tremenda no clima emocional de seu casamento.
Fonte: As Cinco Linguagens do Amor
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