Saia Justa

Hoje, ao meio dia, aquela saia justa. Fui a um restaurante próximo ao meu trabalho, procurei a mesa mais escondida possível, fiquei de frente para a parede e mesmo assim, colegas da empresa de um outro setor sentaram-se à mesa comigo. Papo vai, papo vem, relacionamentos é um assunto convidado a fazer parte da refeição. Lá pelas tantas vem a tradicional pergunta... “Onde mesmo você conheceu seu namorado?” A voz fica embargada e com um sorriso amarelo respondo... “Na Bolívia!” Tremenda saia justa, mas não tive coragem de contar que terminei meu noivado.
Ao voltar ao trabalho, a gerente de marketing, toda sorridente, questiona como estão meus planos para mudança de cidade... com outro sorriso pra lá de amarelo digo que tudo mudou. “Ah é? Para melhor?”...
Sinceramente, esta resposta eu ainda não sei dar. Hoje, com dor no coração e chorando, digo que é a pior coisa que me aconteceu este ano. E que presentão antecipado de Natal eu recebi, heim? Um baita pé no traseiro com marca nordestina!
O trabalho tem ocupado bastante meu tempo e como estou em processo de finalização da revista (atividade que me encanta) e revisão textual (me perdoem os erros aqui... sentimentos à flor pele e chorando, os olhos já não me deixam ler direitinho), minha mente tem se mantido ocupadíssima.
O problema é o andar sozinha pelas ruas chorando, chegar em casa e ver fotos, lembrar das situações vividas...
Estou vivendo mais estou sofrendo... amando e odiando... querendo e repudiando!